A comercialização de imóveis residenciais novos em São Paulo (SP) novamente apresentou um forte avanço, segundo o Secovi-SP, sindicato que representa o setor imobiliário no município. Foram comercializadas 9.259 unidades em junho, um aumento de 55,7% em relação ao mesmo período de 2023 e de 21,3% na contraposição com maio. No semestre, o setor vendeu 47,2 mil imóveis, apontando crescimento de 37% em comparação ao acumulado nos seis primeiros meses do ano passado. Já em 12 meses são quase 89 mil residências adquiridas pelo mercado – o maior patamar dos últimos anos.
Evolução das vendas mensais e acumuladas em 12 meses de unidades residenciais novas em São Paulo (SP)
Fonte: Secovi-SP
Se as vendas mantiveram o forte ritmo de avanço nos últimos meses, não se pode dizer que houve cenário diferente no indicador de lançamentos de unidades na capital paulista. Em junho, foram 12.800 imóveis, praticamente o dobro do registrado em maio passado e também junho de 2023. No semestre, os lançamentos mostram crescimento de 47,1%, tendo como referência o mesmo período do ano passado.
Evolução dos lançamentos mensais e acumulados em 12 meses de unidades residenciais em São Paulo (SP)
Fonte: Secovi-SP
O economista Jaime Vasconcellos comenta que o ritmo de expansão do mercado imobiliário paulistano não mudou em função de seus condicionantes conjunturais se manterem inalterados, isto é, o mercado de trabalho continua aquecido, o endividamento familiar estabilizado e inadimplência em queda, juros até altos, mas estáveis e inflação razoavelmente controlada. “Um outro apontamento já feito, mas reforçado pelos números da pesquisa do Secovi é o impacto do Programa Minha Casa, Minha Vida”, ressalta. Segundo a entidade, em junho, 71% das unidades lançadas e 56% das unidades vendidas foram enquadradas como econômicas, ou seja, elegíveis ao Programa. “Esse cenário acelerado demonstra tamanha dinamicidade do setor, o que impacta positivamente toda a cadeia setorial ligada direta ou indiretamente à construção civil”, avalia.