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Tentar traçar a contribuição que a Inteligência Artificial (IA) pode proporcionar ao varejo se compara a estimar a cotação do dólar no mês que vem. Todo mundo sabe que a tendência é de alta, mas não se sabe de quanto. A IA já é aplicada em muitos pontos das empresas atualmente e a sua utilização deve aumentar exponencialmente nos próximos anos, mas deve ser acompanhada necessariamente pelos recursos humanos. Nada como seguir o velho ditado: um olho no peixe, outro no gato.

Como bem lembrado por Karen Cavalcanti, na palestra “Toque humano na era da Inteligência Artificial”, realizada em 04 de abril, no 18º Simpósio Sincomavi, Feicon 2024, são vários os fatores que podem desandar a economia brasileira e mundial, os chamados impactos globais. Ela citou os casos mais em evidência atualmente, como guerras, inflação nos países desenvolvidos e emergentes, poder de consumo, densidade demográfica e, até mesmo, a polarização. Em outras palavras, casos inesperados até mesmo para humanos, o que dirá para a inteligência artificial.

Fonte: MosaicLab

Diante das últimas mudanças de mercado, sobretudo o fim da era da abundância, o envelhecimento da população, a necessidade da aplicação do conceito de economia circular em todas as cadeias, entre outras, os fornecedores precisam rever suas estratégias e adotar novas tecnologias para atender o desejo latente de consumo da população. O emprego de Inteligência Artificial para ajudar a calibrar tais cenários será fator preponderante para as operações dos comércios.

Maior interesse

O estudo “Tomorrow’s Consumer MosaicLab verificou para o período entre 2023-2027 o potencial de atração das principais categorias de produtos no Brasil. Apesar de ter ficado entre os 15 primeiros colocados, o segmento de Reforma e Decoração sofre com grande concorrência. “A disputa é direta com as categorias de ‘indulgência’, como viagens, moda, cosméticos, tech e automóveis”, ressaltou Karen em sua apresentação. 35% das pessoas entrevistadas pela MosaicLab expressaram o interesse de aumentar o consumo de itens de decoração e para reforma do lar. Por sua vez, 34% revelaram o desejo de adquirir imóveis (casas e apartamentos).

Com tantas possibilidades à disposição, o consumidor fica naturalmente dividido na hora de fazer suas escolhas e passa a ser mais exigente. O chamado “smart consumer”, segundo a palestrante, quer ser recompensado: “os consumidores estão muito mais críticos sobre a experiência com tecnologias e serviços na hora da compra”. Com esse cenário posto à frente do empresário, a Inteligência Artificial potencializa sua importância ao reduzir obstáculos, otimizar tempo, reduzir custos e, principalmente, apoiar ações que surpreendam positivamente os consumidores: recomendação preditiva, personalização, novas experiências e monitoramento. “Melhoras na eficiência operacional e no engajamento”, ressaltou.

Karen finalizou sua participação no evento apresentando o estudo Matcon Track MosaicLab, que verificou a tendência de estabilização de consumo no mercado de material de construção para os próximos meses. O principal problema levantado é que a maioria dos consumidores (80%) têm a percepção de que os custos com material de construção e mão de obra permanecem altos. 

Fonte: MosaicLab

Em relação às áreas com maior interesse em receber melhorias e reformas, a liderança passou a ser de dormitórios (46%), superando copas e cozinhas (45%) e lavabos e banheiros (41%). O trabalho ainda radiografou as influências na hora da escolha de produtos, marcas e quantidades (múltipla escolha): instaladores e aplicadores (pedreiro, eletricista, pintor e encanador), com 50%; amigos e familiares, 23%; empreiteiro, 21%; balconista de comércio de material de construção, 20%; e arquiteto, engenheiro ou decorador, 19%. Outras fortes influências na hora da compra são as Redes Sociais, websites e blogs de decoração, residências de amigos ou parentes e exposição em lojas. 

Fonte: MosaicLab

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