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A principal influência para o aumento de 0,41% em abril no Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) foi a categoria “Mão de Obra”, que contou com alta de 0,74% no período. Enquanto isso, o componente “Materiais, Equipamentos e Serviços” teve um crescimento de 0,18%, abaixo do valor registrado em março (0,25%). 

Materiais e Equipamentos sofreram um avanço de 0,17% em abril. As maiores variações positivas foram verificadas nos materiais para instalação (0,63%) e materiais para estrutura (0,11%). Em relação aos produtos, houve aumento nos preços dos condutores elétricos (3,61%) e blocos de concreto (0,82%). O estudo do FGV IBRE destaca ainda as quedas nos gastos com a aquisição de ladrilhos e placas para piso (-1,42%), cimento portland comum (-1,18%), tela de proteção para fachada (-0,74%), placas cerâmicas para revestimento (-0,46%) e vergalhões e arames de aço ao carbono (-0,20%). 

Confiança da construção

O FGV IBRE divulgou ainda o Índice de Confiança da Construção (ICST) que sofreu uma queda de 1,4 ponto em abril, a segunda seguida, alcançado os 95,2 pontos. Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE, explica que nos últimos meses houve a influência negativa de diferentes forças que acabaram por influenciar a evolução da confiança setorial. “Em abril, a principal contribuição veio da correção de expectativas, com maior influência do segmento de Edificações, devolvendo praticamente toda a melhora observada no ano e retomando o patamar de dezembro”, ressalta. Além disso, ela observa que o  resultado obtido se mostra de acordo com as notícias sobre o setor, que mostram crescimento da atividade (emprego) e dos negócios no mercado imobiliário residencial. “No entanto, nota-se que a redução se deveu, especialmente, a um deslocamento de assinalações de crescimento para estabilidade. O percentual de empresas que espera crescimento da demanda nos próximos meses (29,8%) se mantém muito acima dos que anteveem uma queda (7,1%)”. Segundo ela, as perspectivas mais conservadoras para a evolução da taxa de juros, assim como as dificuldades fiscais do governo provavelmente contribuíram para diminuir o otimismo, sem, no entanto, reverter as projeções de crescimento em 2024.


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