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Para quem atua no mercado varejista de material de construção a participação de Juliano Ohta, Chief Executive Officer (CEO) da Telhanorte Tumelero, no painel “Eficiência operacional como estratégias para aumentar a competitividade”, realizado em 28 de agosto, dentro da Latam Retail Show, se mostrou a mais interessante. Isso porque o executivo deu detalhes sobre a rede de lojas de conveniência Telhanorte Já e revelou dados sobre a operação. O painel contou também com a presença de Rodrigo Sanches, vice-presidente de Credit Services & Data Strategy da Serasa, Belmiro Gomes, presidente do Assaí Atacadista e Marcelo Doll, presidente do Grupo DPSP.

Juliano começou a sua apresentação com os números atuais da operação Telhanorte Tumelero no mercado nacional. São 72 lojas em território brasileiro e 4 mil funcionários, sendo um centro de distribuição e 35 lojas em São Paulo. Ele ressaltou ainda o novo propósito assumido pela empresa: facilitar a obra para aumentar o prazer de sonhar, construir e curtir a casa. Em outras palavras, algo que o mercado varejista de construção busca constantemente, descomplicar a vida do consumidor interessado em construir e reformar.

Home center inteligente

Para atingir esse objetivo, a Telhanorte pretende atuar como um home center inteligente, oferecendo consultoria de mão de obra, aluguel de ferramentas, além de outras comodidades, inclusive tecnológicas, como app. No entanto, o desejo é quebrar aquele conceito de que a casa é um sonho, mas a obra é um pesadelo.

O CEO da Telhanorte citou o que considera os principais desafios na gestão operacional de materiais de construção. O primeiro foi a grande quantidade de produtos, variação e combinações. São mais de 45 mil Stock Keeping Units (SKUs), 90 famílias de produtos. E o pior, a falta de apenas um item pode comprometer a execução do projeto do cliente. Segundo obstáculo, grande parte das vendas é entregue diretamente na obra. No caso do Telhanorte, a retirada representa 56% das vendas e a entrega, 44%. Por outro lado, a jornada de compra se mostra curta, porém intensa. São várias visitas aos pontos de venda, exigindo de toda a estrutura um contato eficiente. Por fim, o estoque volumoso se apresenta muitas vezes frágil, por isso a operação precisa estar atenta a custos e perdas.

Dentro da temática da apresentação, eficiência operacional, Juliano revelou que o nível de ruptura na Telhanorte teve uma queda de 46% em relação aos produtos da curva A, saindo de 3%, em 2017, para 2,1%, em 2019. A redução da ruptura total no período analisado chegou a -25%.

Prazo de entrega

Outra melhoria foi obtida em relação ao prazo de entrega. O OTIF (On Time In Full) contou com um aumento de 3 pontos percentuais: 96% (2017), 97,7% (2018) e 99% (2019). Hoje, a empresa faz tracking (rastreamento de pedidos) em tempo real em 100% das entregas.

Com a melhoria de controles e processos, a Telhanorte conseguiu reduzir em -20% às perdas em relação às vendas líquidas, ao cair de 1%, em 2017, para 0,8%, em 2019. Juliano comentou que a média de mercado atual é de 1,6%.

Foi relevado ainda outras ações tomadas pela empresa nos últimos tempos, como a adoção dos espaços para inspirar, o lançamento de aplicativo para clientes e a disponibilidade de serviços de instalação, em alguns casos em parceria com a Get Ninjas.

Questionado sobre as KPIs que utiliza corriqueiramente, Juliano citou as mais comuns, como venda e margem, mas fez questão de destacar o OTIF, considerado por ele um dado importante, pois 1 ponto de variação pode repercutir muito no resultado da operação. “Todos os nossos diretores recebem em tempo real, o que não é exatamente um KPI, a temperatura da operação. Além disso, indicadores de custos e a questão da ruptura”.

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