Deverá aumentar consideravelmente nos próximos anos a concorrência no varejo de material de construção de conveniência não só em São Paulo, mas em toda a região Sudeste-Sul do Brasil. Juliano Ohta, Chief Executive Officer da Telhanorte Tumelero, em sua apresentação no painel “Eficiência operacional como estratégias para aumentar a competitividade”, realizado em 28 de agosto, na Latam Retail Show, revelou detalhes sobre a nova rede de lojas de proximidade Telhanorte Já/Tumelero Já.
A operação terá início em bairro nobre da capital paulista, Vila Madalena, e deverá ser ampliada para mais 39 pontos até 2021 em São Paulo. Os novos pontos de venda contarão, em média, com 300 m2, 3 mil Stock Keeping Units (SKUs) e a gama inteira de produtos da Telhanorte com o recurso de prateleira infinita. Além disso, todas as conveniências estarão disponíveis para a clientela, como: serviços de instalação; vendas por mobile, WhatsApp e telefone; cartão pré-pago; entrega expressa; maquinha de cartões na casa do cliente; e programa de relacionamento.
Inspiração para a nova rede
Juliano afirma que, apesar de olhar as experiências de outros segmentos do varejo, como o supermercadista, a concepção da nova rede não teve essa origem. “A inspiração surgiu realmente de conversas com clientes e com uma nova segmentação de mercado”, revelou.
Ficou latente um público de 30 a 40 anos que não quer fazer grandes deslocamentos e perder tempo indo até o home center. O desejo é realizar a manutenção da casa por meio da loja de bairro ou pela web. Foi verificado ainda, segundo Juliano, que essa demanda crescente exige algo diferente da loja tradicional de bairro. “Os consumidores querem um atendimento mais moderno, que ofereça não só a gama de produtos que está exposta, mas também outros itens, num ambiente mais claro, visível, sem filas, mais eficiente”.
O CEO da Telhanorte confessa que a empresa entrou de cabeça nesse novo conceito e que o grande desafio tem sido encontrar pontos comerciais adequados à operação. “Existe uma concorrência muito grande por parte das redes de farmácias. Eles pagam mais caro pelo ponto do que podemos”, finalizou.