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A queda de 2,4 pontos do Índice de Confiança do Consumidor (ICC), do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), em janeiro, revela a deterioração do otimismo em relação à economia do país. O ICC chegou ao nível mais baixo desde maio do ano passado ao alcançar os 90,8 pontos. O estudo verificou ainda que nas médias móveis trimestrais, o indicador contou com recuo pelo quarto mês consecutivo.

A economista Anna Carolina Gouveia acredita que o  resultado é motivado pela piora do cenário atual e das expectativas para os próximos meses, assim como disseminada entre as faixas de renda, com exceção da confiança dos consumidores de renda mais alta que subiu no mês. “Apesar do controle da inflação e da resiliência do mercado de trabalho, os juros e o endividamento elevados continuam a exercer pressão sobre a situação financeira e o consumo das famílias, contribuindo para a manutenção do indicador em patamar pessimista-moderado”, avalia.

Construção

O FGV IBRE também divulgou o Índice de Confiança da Construção (ICST) e o resultado também não foi positivo. O indicador sofreu um recuo de 0,2 ponto e chegou aos 95,8 pontos. No entanto, na média móvel trimestral, o desempenho obtido se mostrou positivo: 0,2 ponto. 

Para Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE, “a relativa estabilidade da confiança em janeiro reflete uma correção das expectativas”. Ela comenta que as empresas de infraestrutura ficaram menos otimistas, mas, em contraposição, a confiança das empresas de Edificações Residenciais avançou impulsionada especialmente pelas perspectivas com a demanda. “Em todo caso, vale destacar que apesar do ICST registrar um pessimismo moderado para o conjunto do setor, o percentual de empresas que espera crescimento da demanda supera o percentual de queda em todos os segmentos, sinalizando que a expectativa que prevalece para os primeiros meses do ano é de crescimento”.


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