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Dados coletados pela Boa Vista mostram que houve um aumento de 5,3% no registro de inadimplentes no ano passado em relação a 2022. O estudo revela ainda que a tendência para o longo prazo do indicador, baseada na variação acumulada em 12 meses, se revela positiva. O indicador chegou a alcançar 22,4% em março e foi desacelerando até encerrar o ano em 5,3%. 

O economista Flávio Calife comenta que a evolução apresentada antecipou muito de perto a tendência de queda na taxa de inadimplência, que não foi devida somente ao “Desenrola”, apesar dela ter ficado mais evidente somente no 2º semestre, mas principalmente ao fato de que os fatores condicionantes melhoraram muito. “Os números do mercado de trabalho foram muito bons no ano passado, a taxa de desemprego recuou de forma consistente e a renda média cresceu em termos reais”, explica. E complementa “Em termos de renda pode-se até dizer que a melhora ainda não foi plena porque a renda real não encerrou 2023 com uma alta capaz de cobrir as perdas de 2021 e 2022, mas é importante lembrar que ela já está acima do nível de 2019, lembrando que em 2020 ela subiu, mesmo num período de crise, devido ao maior desembolso do governo em auxílios durante a pandemia”.

O Indicador de Recuperação de Crédito do Consumidor, também medido pela Boa Vista, contou com uma elevação de 1,2% em dezembro. Com esse resultado, o levantamento encerrou o ano com uma alta de 21,6% na comparação anual.


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