Espaço Publicitário

A Pesquisa Mensal do Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PMC-IBGE) registrou em novembro passado queda no volume de vendas de material de construção no Estado de São Paulo: 3,2% em relação ao mesmo mês de 2022. O retrocesso contrapõe o significativo avanço do volume visto em outubro (+7,8%), também na comparação anual. Já em âmbito nacional houve um avanço de 1,1% no penúltimo mês de 2023, o segundo seguido. No acumulado de janeiro a novembro, o indicador se mostra negativo tanto no Brasil, com -1,8%, como no Estado de São Paulo, -3,3%.

 Evolução mensal do índice de volume de vendas do comércio de material de construção – Mês contra mesmo mês do ano anterior

Fonte: PMC-IBGE

“Ao se observar a trajetória recente da taxa acumulada em doze meses do volume de vendas de material de construção no estado, é possível perceber que se mantém um longo processo de estabilização, onde no decorrer dos meses mais recentes o indicador cada vez mais ruma a zero”, ressalta o economista Jaime Vasconcellos. Ainda assim,  o resultado de novembro passado de -3,3% foi um pouco mais ameno que o verificado em outubro (-3,5%). 

Evolução mensal do índice de volume de vendas do comércio de material de construção do Estado de São Paulo: Taxa acumulada em doze meses

Fonte: PMC-IBGE

“Como esperado, os números positivos de outubro se devem em razão da base fraca de comparação, do mesmo mês do ano anterior”, adverte Jaime. E complementa: “em novembro não se muda muito tal cenário”. 

Ele lembra ainda que a queda de vendas em novembro de 2022 (gráfico 1) no país foi mais aguda que no Estado de São Paulo, o que causou no penúltimo mês de 2023 uma estabilidade dos dados nacionais, enquanto no cenário paulista amargou-se uma retração de vendas. 

“Posta a questão estatística acima, não se nega que o desempenho do setor continua enfraquecido, principalmente quando comparado aos dados de 2021 e início de 2022”, comenta Jaime. Em sua opinião, o que existe ainda é um processo de estabilização dos indicadores negativos, fato já alertado em análises anteriores, e que se concluirá integralmente apenas no decorrer de 2024. “Portanto, não teremos muitas diferenças de cenários e tendências quando ocorrer a divulgação dos números de dezembro”.

OBS: O Volume de Vendas observado pela PMC resulta da deflação dos valores nominais correntes da receita bruta de revenda por índices de preços específicos para cada grupo de atividade, e para cada Unidade da Federação, construídos a partir dos relativos de preços do IPCA e do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI. A pesquisa também avalia apenas empresas com 20 ocupados ou mais. 


Espaço Publicitário