Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe), com o apoio da KPMG Consultoria e Sincomavi, verificou que ocorreu uma elevação no nível de perdas no varejo. O índice passou de 1,21%, registrado em 2021, para 1,48%, no ano passado.
Apesar de ter ficado abaixo da média do comércio em geral, a categoria Lar e Construção também contou com elevação no indicador de perdas. Em 2021, essa categoria atingiu uma taxa de 0,96%. Já em 2022, esse valor saltou para 1,25%. Mercado, composto por lojas de vizinhança e conveniência, e supermercado convencional foram os setores com patamares mais elevados: 3,07% e 2,37%, respectivamente.
Fonte: Abrappe
O fim das restrições ao atendimento presencial, imposto pelas ações de combate à pandemia, é apontado como o principal fator para o aumento no nível de perdas. Isso porque o retorno ao fluxo normal das lojas teve como efeito imediato a elevação no número de furtos. Segundo o relatório da Abrappe, outros pontos considerados importantes são os níveis de estoques elevados e o faturamento abaixo do planejado em alguns segmentos.
A pesquisa verificou que 16,62% das causas das perdas do varejo em geral são oriundas de furtos externos e 6,77%, de furtos internos. Erros de inventários (9,61%), erros administrativos (6,63%), fraudes de terceiros externo (5,05%), erros no cadastro de produtos (3,31%) e fraude de terceiros interno (2,27%) também contam com grande participação nas perdas.
Na categoria Construção e Lar, as quebras operacionais – produtos considerados sem condições de vendas ou perdas identificadas – representam 0,59% do indicador. Por sua vez, as perdas não identificadas respondem por 0,66% dos casos.
A estimativa é que o varejo sofreu uma perda total de R$ 31,7 bilhões em 2022 em razão de perdas.
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