Diante do impacto que causaria às vendas do mercado interno, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), sindicatos patronais e outras entidades representativas estão promovendo uma campanha contra o fim ou a restrição do parcelamento sem juros
Para dar apenas uma ideia, pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que 90% dos varejistas adotam esse tipo de pagamento em seus negócios no Brasil.
>> Comerciantes, colaboradores e público em geral podem participar desse movimento assinando a petição pública disponível em https://parcelosim.com.br.
Na reunião da Frente Parlamentar pelo Livre Comércio (FPLM), realizada no Senado Federal, em 22 de novembro, representantes da FecomercioSP aproveitaram a oportunidade para entregar às lideranças políticas uma série de sugestões para reduzir as taxas aplicadas ao rotativo sem alterar os mecanismos do parcelamento sem juros, entre as quais:
- estabelecer um teto para a taxa do rotativo: fixar um limite de acordo com a faixa de renda do consumidor ou estabelecer um teto, a exemplo do que aconteceu com os juros do cheque especial;
- promover a competição no mercado de crédito: diminuir barreiras para encorajar novos agentes a entrar no mercado;
- facilitar a portabilidade de crédito: permitir que os consumidores busquem melhores condições para pagamento das dívidas de forma clara e transparente, além de estimular a adesão ao Open Finance, inclusive a sua renovação de consentimento para o compartilhamento de dados, reduzindo a assimetria de informações entre instituições;
- adotar iniciativas de educação financeira e uso consciente do crédito: informar a população acerca dos riscos envolvidos com uma linguagem acessível — medida reconhecida como eficaz pelo próprio Bacen.