O volume de vendas do comércio de material de construção paulista apresentou retração pelo segundo mês consecutivo. Os números são os mais recentes da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e referem-se à contraposição interanual dos meses de julho. No Estado de São Paulo, a queda do indicador chegou a 2,1%, enquanto em território nacional, de tímidos 0,3%. “As retrações foram mais amenas que as registradas no mês de junho, ainda que para São Paulo seja a segunda seguida, enquanto no Brasil é a sexta variação negativa consecutiva”, comenta o economista Jaime Vasconcellos.
Evolução mensal do índice de volume de vendas do comércio de material de construção – Mês contra mesmo mês do ano anterior
Fonte: PMC/IBGE
Tendo como foco especificamente os números estaduais, vê-se que devido a números negativos um pouco mais amenos nesta última divulgação do IBGE, no acumulado de janeiro a julho de 2023 há uma retração de 3,3% no volume de vendas do setor, enquanto no acumulado de 12 meses registra-se uma queda de 4,6%.
Evolução mensal do índice de volume de vendas do comércio de material de construção do Estado de São Paulo: Taxa acumulada em doze meses
Fonte: PMC/IBGE
Jaime pondera que o resultado de julho não anima, pois ocorreu novo arrefecimento do setor, quando comparado a 2022, que se mostrou um ano não muito auspicioso em relação ao anterior. “De toda forma, existe a perspectiva de estarmos mais próximos da estabilidade do indicador, ou seja, do estancamento deste período de retrocessos seguidos e fortes”. Em sua análise, Jaime avalia que, apesar da comparação dos números atuais com a base fraca do ano passado e, dependendo dos níveis da inflação e do juros, da possibilidade de melhores resultados somente no ano que vem, a variação nula dos últimos meses pode ser considerada uma boa notícia.
OBS: O Volume de Vendas observado pela PMC resulta da deflação dos valores nominais correntes da receita bruta de revenda por índices de preços específicos para cada grupo de atividade, e para cada Unidade da Federação, construídos a partir dos relativos de preços do IPCA e do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI. A pesquisa também avalia apenas empresas com 20 ocupados ou mais.