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O mercado de trabalho do varejo de material de construção em julho avançou em apenas 113 vagas na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), segundo dados do Cadastro de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho. Tal saldo foi resultado de 3.403 admissões e 3.290 desligamentos e representou o pior desempenho de 2023, ainda que marque o sétimo avanço consecutivo do estoque ativo de empregos com carteira assinada.   

Evolução do saldo de empregos do varejo de material de construção
RMSP e São Paulo (SP)

Fonte: Caged

A análise subsetorial revela que as perdas de postos de trabalho registradas nos estabelecimentos de material de construção (-134 vagas) e nos varejistas de cal, areia, pedra, tijolos e telhas (-6 vagas) contrapuseram os avanços dos demais segmentos, em especial das lojas de ferragens e ferramentas (+95 vagas), categoria que liderou a demanda com mais admissões que desligamentos em julho. 

Fonte: Caged

No acumulado dos sete primeiros meses de 2023 contabiliza-se a criação de 1.523 vínculos empregatícios pelo segmento na RMSP. Praticamente um terço desta geração proveio do varejo de material de construção, com 546 vagas.

Fonte: Caged

O economista Jaime Vasconcellos acredita que os números fracos de julho de 2023, principalmente em comparação ao resultado obtido no mesmo mês do ano passado, mostram de forma um pouco mais evidente o fenômeno que as análises anteriores já antecipavam ao varejo de material de construção em 2023: “isto é, de avanço tímido do seu mercado de trabalho, impactado por um cenário de vendas enfraquecidas em relação aos anos anteriores e que influenciam, naturalmente, a confiança e a capacidade financeira dos empresários em investir em incremento de mão de obra formal”. A expectativa para os próximos anos deve ser de manutenção desse cenário de saldos pequenos. “Com exceção do último trimestre, normalmente marcado por mais desligamentos que admissões, sazonalmente”, adverte Jaime.


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