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Foram comercializados 5.946 imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo em junho, segundo dados coletados pelo Secovi, sindicato que representa o setor imobiliário. Esse resultado representa queda de mais de 12% em relação a maio deste ano e de 5,4% ao mesmo período de 2022. O semestre se encerrou com 34.455 imóveis vendidos, avanço de 4,7% em contraposição aos números do acumulado nos primeiros seis meses do ano passado. Já em 12 meses são 70.887 unidades comercializadas, patamar inferior ao período anual finalizado em maio (+71.229 unidades).

Evolução das vendas mensais e acumuladas em 12 meses de unidades residenciais novas em São Paulo (SP)

Fonte ; Secovi

Lançamentos

O número de lançamentos de imóveis residenciais em junho até mostrou avanço em relação a maio. No entanto, expôs uma forte queda de 30,3% em comparação ao mesmo mês de 2022. “Tal realidade mensal apenas reforçou o cenário de arrefecimento deste indicador em 2023”, ressalta o economista Jaime Vasconcellos. O primeiro semestre contou com 28.124 unidades residenciais lançadas contra 31.954 do mesmo período de 2022, ou seja, uma retração de 12%.

Evolução dos lançamentos mensais e acumulados em 12 meses de unidades residenciais em São Paulo/SP

Fonte: Secovi

O acompanhamento mensal realizado pelo Sincomavi, em razão do movimento do mercado imobiliário também impacta o dia a dia do varejo de material de construção, vidros, tintas, ferramentas, entre outros, já registrava que a tendência de lançamentos e vendas de imóveis residenciais em São Paulo trilhavam caminhos opostos em 2023. “Os números do primeiro semestre resumem bem esta constatação”, comenta Jaime. “As vendas se mantiveram resilientes e até mesmo avançaram timidamente, enquanto os lançamentos tombaram a um patamar de dois dígitos”.

Em sua opinião, essa realidade mostra como o setor imobiliário conseguiu manter algum ritmo frente a uma conjuntura dificultosa do atual ano, no qual os juros mais elevados encareceram o crédito e o aumento de endividamento e inadimplência familiar acabam por minar a capacidade de investimento e o consumo por parte da população. “Ao mesmo tempo, sabendo que essa resiliência uma hora perderá força, não apenas já se observa menores taxas de crescimento das vendas, como cautela em relação ao futuro, o que tem afetado o nível de lançamentos”. Em resumo, o setor mostra dificuldades para o segundo semestre, pois ainda que os juros no país comecem a ceder com a redução da Selic, o impacto positivo aparentemente ficará mais para o longo prazo do que para 2023.


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