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O indicador de Registros de Inadimplentes da Boa Vista contou com recuo de 1,8% em maio (comparação mensal dos dados dessazonalizados). Essa segunda queda consecutiva, no entanto, não foi suficiente para fazer o índice sair da região positiva na comparação trimestral móvel, que aponta uma elevação de 1,4% no período encerrado em maio em comparação aos três meses imediatamente anteriores.

O economista Flavio Calife comenta que há muito tempo não se via duas quedas consecutivas no indicador, a última vez foi justamente em 2020, quando o efeito das postergações e depois dos auxílios emergenciais começaram a aparecer. “Evidentemente, a situação de agora é outra, essas quedas sucederam nove aumentos consecutivos e mostram que o número de registros pode sim ter atingido um pico em março”, ressalta. E complementa: “A desaceleração na curva em 12 meses, que era esperada, também corrobora essa ideia. O ritmo de alta nos registros agora é muito menor, sobretudo quando comparamos com os resultados do 2º semestre do ano passado. Essa perda de ritmo também está refletida na taxa de inadimplência das famílias, ela tem subido pouco este ano”.

Crédito

O Indicador de Recuperação de Crédito da Boa Vista, por sua vez, sofreu uma queda de 0,5% na comparação mensal – a segunda consecutiva. Também nesse caso, o trimestre móvel se manteve em alta: 0,7%. Em relação ao mês de maio do ano passado houve um aumento de 12,2% e o indicador se manteve numa curva de crescimento acelerado no acumulado em 12 meses, que passou de 17,1% para 18,0% entre abril e maio. No ano, porém, o crescimento desacelerou nesse período, de 17,0% para 16,1%.

Para Calife, a expectativa do indicador de recuperação continuar em alta por um pouco mais de tempo se confirmou. “Muito disso se deve ao fato de que o volume de novos registros foi muito grande nos últimos meses, mas agora a tendência de desaceleração que era esperada mais para frente pode até dar lugar a um movimento no sentido contrário, de maior crescimento, por conta do programa do governo de renegociação de dívidas”.


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