Depois de uma queda expressiva em abril (-11,6%), o volume de vendas de cimento em maio contou com uma elevação de 1% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC). Foram comercializadas no período 5,6 milhões de toneladas. No entanto, vale ressaltar, no acumulado de 2023 o segmento continua registrando recuo nas vendas (-2,5%).
Os principais motivos apontados pela entidade para tal desempenho são o alto endividamento e inadimplência das famílias, a taxa de desemprego em patamares ainda elevados, aliado com a lenta recuperação dos salários, agravados pelas incertezas econômicas. Além disso, os indutores mais relevantes desse mercado prosseguem em processo de desaceleração em virtude da dificuldade no acesso ao crédito, em meio a taxa de juros elevadas, redução de lançamentos e financiamentos imobiliários e as indefinições com relação ao Minha Casa Minha Vida (MCMV). Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC, comenta que “a persistência da alta taxa básica de juros penaliza a cadeia da construção civil não apenas nas vendas, mas também na geração de emprego, renda e na retomada das obras para o desejável retorno do Brasil ao crescimento”
