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O volume de vendas do comércio de material de construção no Estado de São Paulo apresentou um recuo de 2,8% em setembro, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda que o impacto negativo tenha sido menor, tal desempenho representa a sexta queda mensal seguida, tendo como referência os mesmos meses de 2021. No Brasil, a retração em setembro foi de 7,9%, patamar mais acentuado que o visto em agosto (mês contra mês).

Evolução mensal do índice de volume de vendas do comércio de materiais de construção – Mês contra mesmo mês do ano anterior

PMC/IBGE

Em relação aos números paulistas, com a queda menor das vendas em setembro, o volume acumulado no ano situa-se aos -6,7%, patamar menos agudo que os observados em julho e em agosto. Já no acumulado dos últimos doze meses, registra-se uma retração de 7,6%. “O resultado também é mais ameno que o visto nos dois meses anteriores”, ressalta o economista Jaime Vasconcellos.

Evolução mensal do índice de volume de vendas do comércio de materiais de construção no Estado de SP – Acumulado no ano e taxa de 12 meses

PMC/IBGE

Os números de setembro mostram uma consolidação inicial: as quedas nas vendas do comércio de material de construção em 2022 atingiram o seu vale. “O recuo menos acentuado no mês e a curva ascendente, ainda que tímida, nas trajetórias do acumulado do ano em 12 meses corroboram com esta análise”, argumenta Jaime. E complementa: “Não é de hoje que temos dito que se esperava do ano números difíceis na contraposição com 2021, ainda mais se analisarmos os três primeiros trimestres – devido a base forte de comparação”. Isso sem contar a própria realidade conjuntural da economia, que ficou mais desafiadora no atual ano. “De toda forma, nos parece seguro dizer que a tendência é sim de retrações menos acentuadas no último trimestre de 2022, trazendo consigo a finalização deste processo de estabilização pós fortes números do segundo semestre de 2020 ao primeiro semestre de 2021”.

OBS: O Volume de Vendas observado pela PMC resulta da deflação dos valores nominais correntes da receita bruta de revenda por índices de preços específicos para cada grupo de atividade, e para cada Unidade da Federação, construídos a partir dos relativos de preços do IPCA e do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI. A pesquisa também avalia apenas empresas com 20 ocupados ou mais.

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