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O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV-IBRE), sofreu uma leve alta de 0,04% em outubro, resultado inferior ao obtido no mês anterior, período no qual foi verificado elevação de 0,10%. Em 12 meses, o indicador acumula crescimento de 10,06%. A taxa do índice relativo ao segmento de Materiais, Equipamentos e Serviços passou de -0,06% em setembro para -0,21% em outubro. Já o referente à Mão de Obra variou 0,31% em outubro, ante 0,26% em setembro.
 

A categoria Materiais e Equipamentos, que compõem o INCC-M, intensificou seu movimento de queda e registrou -0,32% em outubro. Entre os grupos que contaram com os maiores recuos se destacam material metálico (-3,06%), material de madeira (-0,66%) e produtos químicos (-0,18%). Em contrapartida, os principais aumentos ficaram por conta de material para pintura (0,82%), material à base de minerais não metálicos (0,51%) e revestimentos, louças e pisos (0,49%).

A queda nos preços dos produtos foi liderada em outubro pelos vergalhões e arames de aço ao carbono, com -3,71%, seguido por tubos e conexões de ferro e aço, -1,85%, e compensados, -1,26%.

Confiança

Apesar do recuo registrado no Índice de Confiança da Construção (ICST) de 0,8 ponto em outubro, o indicador permanece acima do nível neutro com 100,9 pontos. Para Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE, a queda na confiança em outubro teve como fundamento uma correção das expectativas. No entanto, os números obtidos seguem em patamar considerado ainda otimista em relação aos negócios para os próximos meses. “O indicador que mede a evolução recente das atividades se mantém acima da neutralidade desde junho do ano passado, refletindo o maior aquecimento do setor, que tem se traduzido na geração de novos empregos pelas empresas”, ressalta.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) também sofreu uma queda em outubro de 0,4 ponto e atingiu os 88,6 pontos. Segundo Viviane Seda Bittencourt, coordenadora de Sondagens da FGV IBRE, o desempenho do indicador apresenta uma mudança de comportamento observado até o momento: com melhora das avaliações sobre o momento atual influenciada pelos consumidores de menor poder aquisitivo e uma revisão das expectativas para os próximos meses dos consumidores com maior poder aquisitivo. “É possível que esse resultado esteja sendo influenciado pelo efeito das transferências de renda, redução da inflação pelo terceiro mês consecutivo e crescimento dos postos de trabalho. Apesar do resultado mais favorável para as classes de renda mais baixa, o endividamento das famílias e as taxas de juros mais elevadas limitam uma recuperação mais robusta”, finaliza.


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