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O Índice Nacional da Construção Civil (INCC-Sinapi), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta para um avanço no Estado de São Paulo do custo médio do m² da construção civil da ordem de 0,27% em setembro, alcançando os R$ 1.782,14. “Ainda que a cifra seja a maior já registrada, este é o menor índice mensal desde março, quando se verificou um aumento de 0,10%”, ressalta o economista Jaime Vasconcellos.

Ele lembra também que os 0,27% de acréscimo em setembro traduzem um aumento de R$4,75 no m² da obra. “Enquanto o custo da mão de obra avançou R$ 9,20 (+1,18%), o valor com os materiais de construção recuou R$ 4,45 (-0,44%)”. É preciso destacar que, em setembro, 55,75% do custo médio total do m² de obra era composto pelo gasto com materiais (R$ 993,49) e 44,25% com a mão de obra (R$ 788,65).

Já na comparação com setembro de 2021, o preço por m² com materiais avançou em 12,40% e o preço pago com mão de obra outros 15,50%. Com isso, o custo médio total cresceu 13,76%, ou R$215,54. Deste último valor, R$ 109,66 tem como origem o aumento com materiais e R$105,88 com a mão de obra.

Fonte: IBGE

“No relatório de agosto já era possível prever que a deflação dos índices gerais de preços aos consumidores também iria, de alguma forma, impactar os custos da construção civil”, afirma Jaime. Em sua opinião, se o INCC de agosto já mostrava tendência de arrefecimento inflacionário, o dado de setembro confirma tal realidade. “Só não tivemos deflação total do indicador porque o custo com mão de obra se elevou acima do patamar de queda com os custos com materiais de construção”. A tendência de inflação mais baixa deverá ser vista também nos meses seguintes, seja pelo efeito ainda das retrações de preços com o transporte – puxada pelo recuo de preços internacionais de petróleo e outras commodities, ou por meio da eficácia da recém paralisada elevação na taxa de juros da economia.


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