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Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe), com o apoio da KPMG, mostra que o índice de perdas do varejo nacional sofreu uma pequena variação, passando de 1,33%, em 2020, para 1,21%, no ano passado. O resultado alcançado em 2021 representa, segundo estimativas do estudo, um desperdício de recursos superior a R$ 24 bilhões. Os principais motivos apontados são furtos internos e externos, erros operacionais e itens sem condições de venda, como quebras e vencimento da data de validade.

A categoria Construção/Lar apresentou desempenho superior em relação ao índice geral do comércio, com 0,96%. No entanto, o desempenho é o quarto pior de todos os setores avaliados, ficando abaixo apenas de supermercados (2,15%), perfumarias (1,74%) e calçados (1,38%). Vale lembrar que o número mais positivo ficou a cargo da categoria Eletromóveis, que alcançou os 0,26%.

Fonte: Abrappe

Apesar disso, o resultado do ano passado foi o melhor já obtido pela categoria desde 2015. Carlos Eduardo Santos, presidente da Abrappe, acredita que esse desempenho possa ser atribuído aos investimentos realizados pelas empresas do setor. “Grande parte das perdas são ocasionadas por furtos e a aplicação de novas tecnologias de controle contribuiu decisivamente para essa melhora”, avalia. Ele também citou ações mais assertivas em relação à gestão de estoques, ao treinamento da equipe e à disseminação da cultura para o emprego de melhores práticas como fatores preponderantes para o avanço alcançado pela categoria de Construção/Lar.

Fonte: Abrappe

Outro dado importante revelado pelo trabalho é a avaliação por tipo e segmento. No caso de Construção/Lar, dos 0,96% do índice total obtido, a maior participação tem como principal fator as divergências de inventário (0,65%), nas quais não foram determinados os motivos da perda. Já o restante, 0,31%, é oriundo de quebras operacionais – produtos sem condições de vendas ou com situação negativa identificada. Entre as causas comuns citadas pelo varejo em geral se destacam as quebras operacionais (38,76%), sobretudo produtos vencidos ou perecíveis (confira o detalhamento no gráfico abaixo), furto externo (19,03%), erros de inventário (9,40%) e furtos internos (9,18%).

Fonte: Abrappe

Gerenciamento de estoques

A pesquisa também verificou a acurácia dos estoques de forma qualitativa, medida por meio de inventários físicos, e quantitativa, de acordo com o balanço contábil e físico. Os melhores resultados foram obtidos pelo varejo de Moda, com 99%, e Artigos de Esporte, com 99,57%, respectivamente. Já Construção/Lar obteve 88,33% para o indicador qualitativo e 82,67% para o quantitativo.

Em relação à periodicidade na execução de inventários nas lojas, 16,52% das empresas fazem de forma cíclica todos os meses e 28,70%, anualmente. Por sua vez, o inventário total é realizado diariamente por 35,45% das participantes do estudo.

O varejo de Construção/Lar possui um dos mais baixos índices de ruptura comercial, com 5,50%, empatando com Moda. Eletromóveis (10,08%), Perfumarias (9,64%), Atacados/Atacarejos (9,25%) e Supermercados (9,08%) contam com desempenho bem inferior. No indicador de ruptura operacional, a situação é bastante similar. Segundo o estudo da Abrappe, a categoria Construção/Lar atinge nesse quesito os 3,83%. Enquanto isso, Atacados/Atacarejo (9,62%), Eletromóveis (6,75%), Magazine Nacional (6,60%) e Supermercados (6,32%) apresentam as maiores perdas.

Fonte: Abrappe

As tecnologias mais utilizadas para reverter esse quadro estão ligadas à segurança. Os itens mais citados pelas empresas foram circuito de câmeras (96,26%), Alarmes de presença (68,22%), Antenas antifurto (57,94%) e Controle de acesso (55,14%). Houve menção ainda para Ferramentas de BI (70,09%) e Checklist Web (63,55%).


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