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O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) contou com uma variação positiva de 1,16% em julho, o que representa um resultado inferior ao obtido no mês anterior (2,81%). No acumulado do ano, de janeiro a julho, o indicador já acumula uma elevação de 8,44%, enquanto nos últimos doze meses alcança os 11,66%.

A taxa correspondente ao grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, que compõe o INCC, ficou em 0,62% no período analisado – patamar bem abaixo do verificado em junho: 1,58% . Apesar de menor, a variação relativa a mão de obra continuou em níveis elevados, com 1,76%, após subir 4,37% no mês anterior.
 

Entre os materiais com maiores altas de preços em julho destacam-se revestimentos, louças e pisos (2,02%), madeira para acabamento (1,32%), material à base de minerais não metálicos (1,17%), produtos químicos (1,06%) e esquadrias e ferragens (0,66%). Houve recuo nas cotações de instalações elétricas (-0,43%) e material de madeira (-0,05%). Em relação aos produtos, as principais influencias negativas para a determinação do INCC do período analisado foram condutores elétricos (-1,53%), compensados (-0,82%), vergalhões e arames de aço ao carbono (-0,39%) e tubos e conexões de PVC (-0,10%).

O trabalho realizado pelo FGV IBRE verifica ainda a variação do custo da construção em sete capitais do país. O maior aumento registrado em julho ficou por conta de Porto Alegre (RS), com 4,31%, seguido por Salvador (BA), 1,23%, e São Paulo (SP), 0,97%.

Confiança

O FGV IBRE também divulgou o Índice de Confiança da Construção (ICST) de julho, que sofreu um recuo de 0,7 ponto e chegou aos 96,8 pontos. Em relação às médias móveis trimestrais, o indicador também apresentou uma queda de 0,3 ponto. Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE, comenta que a confiança da construção não resistiu ao cenário adverso e as expectativas com relação à evolução da demanda nos próximos meses, que ficou mais negativa em quase todos os segmentos: “até mesmo no segmento de Edificações Residenciais, que de acordo com as pesquisas de mercado vem mostrando uma certa resiliência, houve piora, apontando um pessimismo moderado”. No entanto, ela ressalta que a percepção referente à atividade corrente, que ainda reflete o ciclo de negócios dos últimos dois anos, continuou favorável. “Assim, esse movimento da confiança não representa uma reversão do crescimento observado no setor, mas sinaliza as dificuldades à frente que estão sendo percebidas pelas empresas”.


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