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Após quatro altas consecutivas, o Indicador de Registros de Inadimplentes da Boa Vista contou com uma queda de 0,6% em junho. No entanto, na comparação entre trimestres, primeiro e segundo de 2022, houve um aumento de 14,1%. O economista Flávio Calife comenta que, além do efeito base, a retração em junho pode estar associada a outros dois fatores importantes: “o primeiro seria a melhora nos números do mercado de trabalho, lembrando que a taxa de desemprego recuou de 11,1% em março para 10,5% em abril e depois para 9,8% em maio, e o segundo a contribuição da liberação do saque ao FGTS, ainda que o efeito esperado disso seja baixo para o ano, num intervalo de tempo mais curto ele tende a ser um pouco mais nítido”. Ele lembra outros pontos relevantes, como o nível elevado da inflação, que só começou a desacelerar entre os meses de abril e maio, a renda real em queda e a taxa de juros, que, em sua opinião, deverá permanecer alta por mais tempo.

O Indicador de Recuperação de Crédito da Boa Vista também contou com resultado positivo em junho ao avançar 2,4% na comparação mensal e 8,9% na comparação interanual. O ritmo de crescimento no ano desacelerou um pouco, passando de 9,7% até maio para 9,5% ao final do 1º semestre, mas na variação acumulada em 12 meses ocorreu um avanço de 6,2%, ante 5,2% em maio.

Recorde batido

Por outro lado, o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor registrou, em maio, recorde no número de inadimplentes: 66,6 milhões de pessoas. Esse é o maior nível já alçacado desde o começo da série histórica iniciada em 2016.

O maior volume de dívidas negativadas está no segmento de bancos e cartões, com 28,2% do total. Em seguida estão as contas básicas como água, luz e gás agrupadas na área de Utilities, com 22,7%. Em terceiro lugar ficam os setores de varejo e financeiras, com 12,5% cada um.


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