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Por Maurício Gasperini, diretor da Construe.

Está na ordem do dia: Digitalize seu negócio ou morra. Por isso, digitalização, Indústria 4.0, E-commerce, AI (inteligência Artificial), são assuntos recorrentes nos bate-papos e conversas entre empreendedores e executivos do varejo e da indústria. Mesmo que isso pareça aquela brincadeira do “Business Bingo” (onde as pessoas ficam usando as palavras da moda – uma metáfora para reuniões ineficazes), a preocupação é real. Estamos vivendo um momento de transformação que sabemos o começo, mas não sabemos o fim. Tal qual a Revolução Industrial (1760–1820/1840), precisamos repensar nossos negócios, métodos e formas de fazer (e muito mais). As máquinas a vapor de 1760, são nossos robôs, inteligência artificial, e outras tecnologias. Mas nada se compara à capacidade que tudo isso tem para acumular/armazenar hábitos, identificar padrões. Um monte de informações captadas em milhares de sensores e máquinas que se transformam em Big Data. @douglaney  (Doug Laney) definiu isso no começo dos anos 2000 (saiba mais clicando no link).

Business bingo

“O Futuro é melhor do que você imagina. Mas essa complexidade veio para ficar. E não teremos sucesso sozinhos…”

Mesmo com toda essa incerteza e o “tragedismo” que a história conta sobre as revoluções que a humanidade viveu, há grandes oportunidades pela frente. Análises mais inteligentes, possibilidade de determinar causas e falhas ou defeitos em tempo hábil, gerar cupons no ponto de venda com base nos hábitos de compra do cliente, tomar melhores e mais rápidas decisões: O Futuro é melhor do que você imagina, mas essa complexidade veio para ficar. E não teremos sucesso sozinhos. Nem como indivíduos, nem como instituições ou corporações per se.

Colaborar é a chave

Colaborar é a chave…

Com tanta complexidade, e tanta velocidade (sim, o mundo está com pressa, e o Brasil está atrasado), é praticamente impossível para um único ser, ou entidade organizacional, juntar todas as peças, estruturá-las, analisá-las e, ufaaa, ainda dar conta de satisfazer o seu cliente do dia – aquele que garante o faturamento. Por isso parcerias, associações são tão importantes. Seria assim: Sei que não sei tudo. Sei que pode haver alguém que saiba (não se iluda: sempre há) algo que, juntando com o que sei, retorna como um ALGO MAIS, e de maior valor. Colaborar é a chave para sobreviver! Você com outros. Outros com você!

Segundo o Dicio, colaborar significa “Trabalhar em cooperação (ajuda mútua) para que algo fique pronto ou seja realizado; contribuir, auxiliar: o pesquisador colaborou com os dados escritos para o projeto; um único aluno não colaborou.” Colaborar nessa nova realidade significa que parte de mim ajuda a compor um cenário maior que, ao voltar para mim – adicionado de partes de outras pessoas, me ajudem de alguma maneira. Em nosso momento: que me ajudem a decidir melhor, investir melhor, atender melhor, enfim. Costumo chamar a isso de padrão Waze, aquele tão conhecido app de trânsito: Falo de mim e, outros falam de si, recebo o melhor caminho sem saber de onde veio a ajuda. Diferente de compartilhar dados e informações indiscriminadamente.

No filme “Nada a Esconder” (Netflix 2018), essa relação com a informação não ‘soma’. Ao contrário, divide. Não estão colaborando. Estão publicando. Colaborar não é compartilhar, nem publicar.

É preciso confiar

Me mostra o seu, que mostro o meu!!! Em quem confiar? Quem toma a iniciativa?

Em 2015, escrevi aqui no Linkedin, um artigo sobre B2B E-Commerce no Brasil (leia aqui). Uma das grandes barreiras para o crescimento do E-commerce em B2B no Brasil, residia – e ainda reside -no dilema de “em quem confiar para colaborar?”. Está em nosso D.N.A. social desconfiar. E criamos uma engrenagem: Ao desconfiar, não colaboro, e não recebo o benefício da colaboração de volta. E contínuo não colaborando porque não recebo nenhum benefício. “Nada a esconder” ilustra bem isso – vale a pena assistir. Exemplos de desconfiança estão por todo lado: Ouvi de algumas pessoas que se negaram a colaborar com os dados de cadastro dos produtos que vende ou fabrica, com receio de que a ‘concorrência’ os visse. Essas pessoas consideram que cadastro – de produtos – aqueles que aparecem publicamente – é informação estratégica (!). O fato é que, mais vezes do que imaginamos, informar nossa posição no app “Waze” pode significar salvar uma vida no trânsito. E o que você tem a ver com isso? Tudo: essa vida (que foi) salva, poderá colaborar para te salvar quando preciso for, simplesmente colaborando, nesse caso, com o Waze, que se propõe a resolver esses problemas sociais (trânsito, tempo etc…). Empresas sérias, com alto nível de segurança de dados e alto comprometimento com seus propósitos não são exceção! Pode Confiar!

O Brasil tem excelentes iniciativas de colaboração, sim!

Muitas ideias para solucionar muitos problemas no Brasil estão apenas esperando que executivos, empreendedores, varejistas COLABOREM com suas experiências, seus dados possíveis (aqueles do padrão Waze), alimentando bases para receber “soluções de trânsito melhor, como na metáfora do “Waze”. A Construe – startup voltada para trazer mais eficiência à cadeia Industria-Varejo de Materiais para Construção – por exemplo, utiliza-se do princípio do Waze para devolver ao varejo informações sobre Mix, preço médio e oportunidades de incrementar seus negócios. Isso é possível cruzando informações compartilhadas pelos próprios varejistas, de forma isenta, privada e ética. Os lojistas compartilham suas vendas e recebem a visão de mercado que impacta diretamente seu negócio. Assim pode tomar melhores decisões. Esse é um dos exemplos que podem transformar a indústria. Melhor previsão de demanda, estoques mais ajustados, mix de maior valor, melhor fluxo de caixa são resultados diretos dessa iniciativa.

Ouse, Experimente, Colabore…e obtenha sucesso

Seremos bem-sucedidos juntos. Colaborando e aprendendo com outros nossa jornada para a Nova Revolução Industrial, ou Digitalização, ou como queira chamar, será um sucesso. Te convido a refletir sobre isso.

O Futuro é melhor do que você imagina. E ele já começou!

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