Nossas projeções feitas ao final desta Carta de Conjuntura mostram melhora. Em verdade, não se pode negar que os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre e as vendas do comércio avaliadas pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) no mês de julho vieram acima das expectativas.
Quanto à geração de riqueza do país, a estimativa era que no segundo trimestre de 2019 houvesse uma evolução em 0,2% na contraposição com o trimestre anterior e 0,8% a mais que o mesmo período do ano passado. Os números vieram positivos em respectivamente +0,4% e 1,0%. Já a Pesquisa Mensal do Comércio mostrou no mês de julho crescimento de 1,0% no volume de vendas em relação a junho, com ajuste sazonal, e +4,3% em relação ao mesmo mês de 2018.

Cenário positivo
A queda da SELIC para 5,5% ao ano mostra a tentativa da política monetária em aumentar o ritmo da atividade econômica. E já se espera que a taxa básica de juros fique abaixo dos 5% no fechamento do ano. Isso porque a inflação continua controlada, ainda que a taxa de câmbio permaneça depreciada. Setorialmente se aguarda inclusive melhoria de desempenho de comércio e serviços, acima do que se projetava anteriormente.
Este cenário mais positivo, com projeções mais elevadas, nos garante por enquanto saber que os próximos meses do ano deverão ser comportados. Isso para um ano que dá continuidade ao processo de recuperação da forte recessão vivida. É momento de ajustar expectativas e disciplinar possível ufanismo. Isso direcionado à gestão das finanças pessoais e/ou nas rotinas diárias da empresa, bem como nas avaliações de investimentos e ajustes futuros. A economia se deteriorou rapidamente, mas sua reação é tímida. Desta forma, é importante ressaltar que planejamento, pragmatismo e, principalmente canja de galinha, não faz mal para ninguém.
Dada tal análise, nossas projeções para 2019 ficam:
Por Jaime Vasconcelos, economista do Sincomavi.