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Realizada entre os dias 12 e 14 de janeiro, em Nova Iorque (EUA), a NRF 2025: Retail’s Big Show, trouxe para o seu público, como de costume, uma série de temas que desafiam o dia a dia dos empresários do comércio. Além da aplicação prática das ferramentas de Inteligência Artificial no varejo, considerado o foco principal do evento, outros temas movimentaram as apresentações e discussões. Em relação à IA, as aplicabilidades estavam ligadas à personalização da experiência oferecida aos clientes, automação e eficiência operacional. Enquanto Walmart e Lowe’s demonstraram suas soluções para otimizar operações e layouts de lojas, a L’Oréal apresentou o uso de IA generativa para acelerar a criação de campanhas de marketing. 

Os pontos de venda físicos também receberam destaque ao ultrapassarem suas atribuições iniciais, venda de produtos e serviços, ao oferecer experiências que estabelecem conexões emocionais entre os clientes e a marca, fortalecendo a fidelização. César Baleco, CEO do Grupo IRRAH, cita como exemplos os casos da Ikea e Lego que criaram ambientes repletos de storytelling e design tendo como alvo encantar seus consumidores.

As vendas por meio das redes sociais tem sido algo muito comum no Brasil e essa solução veio para ficar. O social commerce continuou em alta na NRF 2025, principalmente com uso de influenciadores e das funcionalidades do live shopping, o que permite às empresas se valerem com maior ênfase da compra por impulso.  Outros temas, que já estiveram presentes em edições anteriores da NRF, foram Retail Media, novas gerações de consumidores e o uso de dados complexos. Ricardo Pastore, coordenador do núcleo de varejo da ESPM, comenta que o Retail Media é apontado como uma das principais oportunidades de monetização para os varejistas. “Transformar espaços físicos e digitais em plataformas de anúncios e hubs de dados para marcas é uma estratégia que não apenas aumenta a receita, mas também fortalece o papel do varejo como ponto de conexão direta com o consumidor”, ressalta. Ele cita ainda que na área de exposições do evento foi possível ver um show à parte, com tecnologias como carrinhos inteligentes, expositores de preços automatizados e displays interativos que representam o futuro das lojas físicas. “Essas inovações não são apenas soluções isoladas, mas partes de uma abordagem integrada que une experiência, conveniência e dados em um único ecossistema”. 

A Capgemini apresentou na NRF a pesquisa global “What Matters to Today’s Consumer in 2025” (O Que Importa Para o Consumidor de Hoje 2025) que busca dar subsídios às empresas para a tomada de decisões. Entre os pontos levantados pelo trabalho se destacam os seguintes: 71% dos consumidores desejam que a IA generativa seja integrada em suas experiências de compra; 58% dos consumidores afirmaram ter substituído os mecanismos de busca tradicionais por ferramentas de IA para recomendações de produtos e serviços; mais de 60% dos entrevistados das gerações Y e Z desejam conteúdos hiperpersonalizados e recomendações de produtos alimentados pela IA generativa; e a má experiência do cliente (CX) e a sustentabilidade são os principais motivos pelos quais os consumidores mudam de marca ou varejista.

Lindsey Mazza, Líder Global de Varejo da Capgemini, adverte que para permanecerem competitivos e capazes de construir fidelidade junto à marca, os comerciantes necessitam se valer de estratégias que coloquem o consumidor no centro da experiência, recorrendo à Inteligência Artificial para uma maior interação. “A clara mudança em direção ao comércio social também é significativa. Os varejistas precisam capitalizar as suas plataformas de publicidade social e digital para envolver os consumidores no início da jornada de compra”, aconselha.


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