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Dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que o volume de vendas do comércio de material de construção no Estado de São Paulo retrocedeu 6,8% em abril. A comparação é feita a partir do levantamento realizado no mesmo período de 2022. Dessa forma, é possível verificar que houve uma queda menos aguda do que as registradas em março (-8,0%) e em abril do ano passado (-7,5%). No entanto, esse é o terceiro resultado negativo consecutivo. Considerando dados nacionais, o recuo no mês foi mais severo, -7,6%, e atinge um patamar mais grave que o de março (-5,0%).

Evolução mensal do índice de volume de vendas do comércio de materiais de construção – Mês contra mesmo mês do ano anterior

Fonte: PMC/IBGE

Para o acumulado em doze meses no Estado de São Paulo, verifica-se que foi mantida queda de 7,1% – mesmo nível alcançado pelo indicador em março (quadro abaixo).

Evolução mensal do índice de volume de vendas do comércio de materiais de construção do Estado de São Paulo: Taxa acumulada em doze meses

Fonte: PMC/IBGE

O economista Jaime Vasconcellos considera que os dados de abril reforçaram o cenário ruim que já tinha se agravado em março. “E olha que naquele mês havia uma base de comparação mais forte (contra março de 2022) que poderia explicar tamanho tombo das vendas”, observa. Em suma, o que se vê no decorrer de 2023 são desempenhos piores que os esperados. “Até se projetava um ano não muito bom, mas o horizonte era de desempenhos mais próximos da estabilidade, ressalta. E finaliza: “compreende-se, portanto, que a conjuntura de juros e endividamento familiar elevados, assim como o direcionamento de renda para os serviços e ao consumo de produtos essenciais, tem prejudicado além do esperado o segmento comercial de material de construção”.

OBS: O Volume de Vendas observado pela PMC resulta da deflação dos valores nominais correntes da receita bruta de revenda por índices de preços específicos para cada grupo de atividade, e para cada Unidade da Federação, construídos a partir dos relativos de preços do IPCA e do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI. A pesquisa também avalia apenas empresas com 20 ocupados ou mais.


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