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O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M), do Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE),  teve uma elevação de +0,40% em maio. O indicador acumula alta de +1,34% no ano e, em 12 meses, de +6,32%. O principal motivador para esse aumento foi a mão de obra (+ 0,75%). Enquanto isso, a contribuição relativa a “materiais, equipamentos e serviços” ficou bem abaixo: 0,06%.

Os custos com “materiais e equipamentos” também contaram com o mesmo nível de aumento (0,06%) no período. Entre as categorias analisadas destaque para as quedas de preços registradas em revestimentos, louças e pisos (-0,98%), material para pintura (-1,47%), material metálico (-0,40%) e instalação hidráulica )-0,33%). Por outro lado, houve aumento em material a base de minerais não metálicos (+0,32%), produtos químicos (+0,40%), pedras ornamentais para construção (+0,24%) e esquadrias e ferragens (+0,16%).

O estudo do FGV IBRE dá ênfase na redução dos custos dos seguintes produtos: vergalhões e arames de aço ao carbono (-0,74%), metais para instalações hidráulicas (-0,49%), tintas a base de PVA (-1,39%), placas cerâmicas para revestimentos (-1,28%) e pias, cubas e louças sanitárias (-0,83%).

Confiança: construção e consumidor

O Índice de Confiança da Construção (ICST) variou negativamente em 1,4 ponto em maio e alcançou os 94,0 pontos. Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE, atribui essa oscilação à deterioração das expectativas e da avaliação da situação corrente. “O movimento foi generalizado, atingindo todos os segmentos, mas se mostrou mais intenso entre as empresas de Infraestrutura, que reportaram piora na carteira de contratos”, avalia.

Por outro lado, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 1,4 ponto em maio, para 88,2 pontos, o maior nível desde outubro de 2022 (88,6 pontos). Para a economista Anna Carolina Gouveia, a alta da confiança dos consumidores teve como motivação a melhora das expectativas para os próximos meses, fenômeno que aconteceu também de forma disseminada entre as faixas de renda, com exceção às famílias de maior poder aquisitivo cuja perspectivas futuras pioraram. “O resultado pode estar associado à sensação de alívio da inflação no curto prazo, resiliência do mercado de trabalho e aumento do salário mínimo”, ressalta. “Em paralelo porém, o cenário de alto endividamento das famílias, crédito caro e incertezas econômicas ajudam a manter o indicador em patamar baixo e sensível a flutuações constantes, tornando difícil uma sinalização mais clara de uma recuperação sustentada da confiança”.


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