A Fundação Getúlio Vargas (FGV) registrou queda no Índice de Confiança do Consumidor (ICC), que recuou 0,5 ponto em novembro, para 88,9 pontos, o menor nível desde julho deste ano. Para Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens da FGV, o resultado de novembro confirma a tendência de desaceleração da confiança pelo terceiro mês seguido, sugerindo que a liberação do FGTS e a gradual redução da taxa de desemprego ainda não foram suficientes para recuperar o ímpeto de compras dos consumidores, que continuam cautelosos. “Um final de ano difícil ainda para os consumidores, principalmente para os de menor poder aquisitivo”, avalia.
O estudo verificou ainda que, em novembro, houve
melhora na percepção dos consumidores em relação à situação atual enquanto as
expectativas em relação aos próximos meses pioraram. O Índice de Situação Atual
(ISA) subiu 1,1 ponto, para 78,5 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE)
caiu 1,4 ponto, para 96,9 pontos, o menor valor desde maio de 2019 (96,5).
Houve queda da confiança para consumidores de todas as classes de renda exceto
para aqueles com renda familiar mensal entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil, cujo ICC
aumentou 0,4 ponto. A maior contribuição negativa no mês vem das famílias com
renda entre R$ 4,8 mil e R$ 9,6 mil, com queda de 0,4 ponto, para 93,6 pontos,
devido à volatilidade do indicador que mede as intenções de compras de bens
duráveis.