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Dados da Pesquisa Mensal do Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PMC-IBGE) mostram que o volume de vendas do comércio de material de construção no Estado de São Paulo recuou 0,4% no último mês de dezembro, em comparação ao mesmo mês do ano anterior. Esta foi a primeira oscilação negativa depois de seis avanços mensais consecutivos. Já em território nacional houve um acréscimo de 2% no último mês de 2024, marcando o sétimo avanço mensal seguido.  

Evolução mensal do índice de volume de vendas do comércio de material de construção – Mês contra mesmo mês do ano anterior

Fonte: PMC – IBGE

Mesmo com a queda de vendas em dezembro, ao ser considerado o resultado acumulado nos doze meses de 2024, verifica-se um crescimento de 5,2% no Estado de São Paulo, o primeiro aumento depois de dois anos seguidos com retrações. Em 2022 a perda anual foi de 7,1% e, em 2023, de 3,4%. Tais quedas sucederam cinco aumentos anuais seguidos, principalmente com os picos registrados em 2017 (+17,7%) e em 2020 (+15,5%).

Evolução do índice de volume de vendas do comércio de material de construção do Estado de São Paulo – Taxa acumulada de 12 meses

Fonte: PMC – IBGE

Para Jaime Vasconcellos, analista econômico do Sincomavi, o crescimento de vendas em 2025 pode ser creditado a uma conjuntura de avanço no consumo das famílias calcada, dentre tantos fatores, na expansão da renda proveniente de um mercado de trabalho aquecido e também de avanço no mercado de crédito. “Para além disso, bons números no segmento imobiliário, uma inflação setorial comportada e mesmo uma base fraca de comparação com 2023 podem ajudar a justificar este percentual de avanço em 2024”, explica.

A tendência para 2025 é de manutenção nos números positivos, ainda que mais tímidos. “Os resultados da política monetária restritiva é, e será, o encarecimento das linhas de crédito às empresas e consumidores, o que deve causar algum freio a novos empréstimos”, avalia. Em sua opinião, com a projeção de uma economia performando com números mais reduzidos no atual ano, sinal também do impacto dos juros mais elevados para o controle inflacionário, espera-se que o mercado de trabalho também desacelere o seu ritmo de expansão, o que impactará a trajetória crescente da massa de salários. “Este cenário mais desafiador influenciará o ritmo de crescimento do setor, ainda que, conforme o dito anteriormente, deve se manter em polo positivo em termos de volume de vendas no acumulado do ano”, finaliza.  

OBS: O Volume de Vendas observado pela PMC resulta da deflação dos valores nominais correntes da receita bruta de revenda por índices de preços específicos para cada grupo de atividade, e para cada Unidade da Federação, construídos a partir dos relativos de preços do IPCA e do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI. A pesquisa também avalia apenas empresas com 20 ocupados ou mais. 


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