Mesmo sendo o sexto resultado positivo mensal seguido, o avanço registrado em novembro no volume de vendas no comércio de material de construção no Estado de São Paulo, conforme dados da Pesquisa Mensal do Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PMC/IBGE), não se mostra muito animador. Neste décimo primeiro mês do ano houve um aumento nas vendas de 0,7% no indicador em âmbito estadual, abaixo dos 3,2% de crescimento verificado em nível nacional. As comparações todas são feitas contra os mesmos meses de 2023.
Evolução mensal do índice de volume de vendas do comércio de material de construção – Mês contra mesmo mês do ano anterior
Fonte: PMC/IBGE
Mesmo com um desempenho mais arrefecido que a comparação dos meses anteriores, a elevação nos números de novembro é o sexta consecutiva no indicador, que agora acumula de janeiro a novembro um avanço de 4,8% no Brasil e 5,7% na economia paulista. Já considerando o desempenho acumulado em 12 meses, conforme o gráfico abaixo, há um aumento de 4,9% no estado, contra 4,3% no território nacional.
Evolução do índice de volume de vendas do comércio de material de construção do Estado de São Paulo – Taxa acumulada de 12 meses
Fonte: PMC/IBGE
O economista Jaime Vasconcellos ressalta que os resultados de novembro se mostram em consonância com um cenário sustentado de recuperação no volume de vendas de materiais de construção no estado de São Paulo e no país. “As variações mais tímidas que as vistas nos outros meses se dão por certa acomodação do indicador, principalmente quando comparado a uma base também mais estável de variação, que foi novembro de 2023”, explica. E complementa: “isso não retira a tendência de melhores números acumulados no ano e em 12 meses, resposta advinda de um cenário mais favorável ao consumo, assegurado pelo avanço de emprego, renda e crédito”. Ele lembra que não há expectativas de que tal cenário mude drasticamente para os próximos meses, ainda que a inflação mais persistente, os juros em ascensão e o nível de crescimento mais arrefecido no mercado de trabalho acabem por gerar uma tendência de desaceleração nas variações mais significativas no volume de vendas do segmento comercial de material de construção.
OBS: O Volume de Vendas observado pela PMC resulta da deflação dos valores nominais correntes da receita bruta de revenda por índices de preços específicos para cada grupo de atividade, e para cada Unidade da Federação, construídos a partir dos relativos de preços do IPCA e do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI. A pesquisa também avalia apenas empresas com 20 ocupados ou mais.