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Os desafios no horizonte dos empreendedores brasileiros se apresentam cada vez mais desafiadores e traçar um planejamento estratégico para 2025 se mostra algo, no mínimo, desejável. Sem dúvidas, o primeiro olhar deve recair nas finanças, mas analisar e traçar planos nesse sentido pode ser tarefa árdua para micro e pequenas empresas.

Muitas vezes, essas dificuldades ocorrem por falta de tempo e, por essa razão, a F360 Finanças criou um guia que promete facilitar esse trabalho e ajudar na criação de diferenciais competitivos. A publicação foi subdividida em sete passos: diagnóstico da situação atual; definição de prioridades, necessidades e possibilidades; metas para o futuro dos negócios; definição de investimentos; relatar os gastos fixos e variáveis; projetar o resultado esperado para o período; e monitoramento dos resultados.

Maurício Galhardo, sócio da F360, comenta que “o orçamento empresarial oferece uma visão clara das operações ao longo de um ano, permitindo uma expectativa mais precisa para o futuro”. Ele lembra ainda que, ao concluir o plano, o varejista passa a ter um caminho mais claro da sua empresa, com foco, metas, objetivos e conhecendo seus pontos fortes e fracos. Este trabalho colabora positivamente no moral de toda equipe, que se sentirá motivada, sabendo qual a meta a ser alcançada. “Como diz o ditado, ‘se você não sabe para onde vai, qualquer caminho serve’”, adverte. E complementa: “é por isso que o planejamento é tão importante: ele permite analisar o passado e o presente, fornecendo as bases para as decisões mais assertivas no futuro”.

Tendências

Ficar de olho nas últimas tendências de mercado se mostra também outra estratégia recomendada. Em alguns casos, o empresário já tem plena consciência da importância da aplicação da ferramenta ou tecnologia. Como lembra Felipe Novaes,  CGO (Chief Growth Officer) e fundador da The Bakery Brasil, “o desafio central para os próximos anos será equilibrar a sofisticação tecnológica com a simplicidade operacional, enquanto se explora o potencial de novas economias”.

Entre os temas que devem receber atenção dos empresários estão: inteligência artificial (IA), automação, hiperpersonalização do atendimento, aproveitamento dos dados proprietários e estratégias de descarbonização. 

O Radar The Bakery também pode servir como roteiro para os empresários conhecerem, bem como adotar dentro de suas possibilidades, as últimas tendências que devem ditar o ritmo do mercado em 2025, como a nova visão das redes sociais, que passam a ser consideradas um capital de relacionamento.  Segundo o relatório, novos ecossistemas surgirão e serão capazes de criar formas alternativas de monetizar e gerar valor. “Corporações que souberem se posicionar nessa nova economia – criando hubs de relacionamento e plataformas de interação – terão um diferencial competitivo”. 

Outros pontos levantados são o minimalismo digital, com empresas e consumidores na busca por simplificar suas vidas digitais, escolhendo as poucas tecnologias que realmente agreguem valor, e a volta do metaverso, que será utilizado como espaço virtual para socializar – um novo canal de negócios e relacionamento. 

Logicamente, a concorrência precisa ser acompanhada de perto. No entanto, ao contrário do que ocorria no passado, quando bastava dar uma volta no bairro para conhecer os principais competidores, hoje tal tarefa se mostra bastante diferente. O trabalho da The Bakery Brasil ressalta que, como a  transformação digital e a diversificação dos negócios, essas fronteiras de potenciais concorrentes se tornaram cada vez mais nebulosas. E tal tendência deve se radicalizar ainda mais no ano que vem. “Apostar tudo em uma única área é arriscado, já que as maiores disrupções não vêm apenas de rivais tradicionais, mas de setores e players inesperados”. O exemplo dado para ilustrar esse conceito vem de uma empresa de beleza. O natural seria a concorrência ser apenas de outra marca de cosméticos. Entretanto, plataformas como o Mercado Livre, que oferecem uma experiência integrada que inclui desde compras até serviços financeiros, também se rivalizam com diferentes tipos de negócios. Esse cenário é um reflexo da “concorrência transversal”, no qual o desafio é não apenas liderar em um setor, mas expandir sua presença na jornada do consumidor e criar valor de maneiras inovadoras.


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