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A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou em setembro recuo de 13,6% no volume de vendas de material de construção no Estado de São Paulo frente ao mesmo período de 2022. Esse desempenho representa a maior retração nesse tipo de comparação no ano e ainda a queda mais acentuada desde outubro de 2021.

Setembro também marcou o quarto resultado negativo mensal consecutivo do indicador em comparação aos números do ano passado. “É mais que o dobro de queda em relação às vendas nacionais, – 5,6%”, comenta o economista Jaime Vasconcellos.

Evolução mensal do índice de volume de vendas do comércio de material de construção – Mês contra mesmo mês do ano anterior

Fonte: PMC/IBGE

Com o substancial retrocesso de setembro, no acumulado dos últimos doze meses o volume de vendas no comércio paulista de material de construção ficou negativo em 5,1%, queda mais aguda que a vista nos doze meses finalizados em agosto, quando o recuo ficou em 4,2%. Já no acumulado de janeiro a setembro de 2023, o setor teve o volume de vendas reduzido em 4,5% no Estado de São Paulo e 3,0% no país. 

Evolução mensal do índice de volume de vendas do comércio de material de construção do Estado de São Paulo: Taxa acumulada em doze meses

Fonte: PMC/IBGE

“Como o resultado de setembro de 2023 iria se contrapor a um dos meses com queda menos aguda das vendas em 2022, o próprio mês de setembro, já era esperado que tivéssemos percentual negativo nesta contraposição em razão da base não ser tão fraca”, comenta Jaime. “Todavia, não se esperava um tombo tão elevado do indicador, acima de 10% de retrocesso, por exemplo”. 

Ele explica que a baixa demanda está relacionada ao custo de crédito ainda elevado, assim como aos próprios altos níveis de endividamento e inadimplência familiar, aliado ao direcionamento de renda para outras atividades de comércio e serviços. “Todos esses fatores auxiliam a justificar esse cenário descrito pelos números do IBGE”, ressalta. Em sua opinião, com certeza não será vista uma oscilação tão marcante nos números de outubro em função da base de comparação ser possivelmente mais fraca.

OBS: O Volume de Vendas observado pela PMC resulta da deflação dos valores nominais correntes da receita bruta de revendapor índices de preços específicos para cada grupo de atividade, e para cada Unidade da Federação, construídos a partir dos relativos de preços do IPCA e do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI. A pesquisa também avalia apenas empresas com 20 ocupados ou mais.


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