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O Indicador de Registro de Inadimplentes da Boa Vista contou em agosto com uma elevação de 1% com dados dessazonalizados. No ano o crescimento já alcançou os 14,5%, enquanto em 12 meses atingiu os 12,3%. O economista Flávio Calife comenta que “a melhora nos números do mercado de trabalho, não só a queda na taxa de desemprego, mas o aumento da renda em nível também, contribui para que essa tendência de alta daqui em diante seja mais suave, tanto que o indicador tem apresentado variações mais tímidas nos últimos 3 meses”. Entretanto, ele avalia que a tendência de alta na inadimplência das famílias deve continuar, pois ainda persistem condições adversas para a manutenção das contas em dia em razão do quadro inflacionário e de juros altos no país.

Por sua vez, o Indicador de Recuperação de Crédito contou com o mesmo nível de variação em agosto e avançou 1,0% na comparação mensal e 16,2% na comparação interanual. Os dados da Boa Vista mostram ainda que a variação acumulada em 12 meses passou de 6,4% para 7,3% entre os meses de julho e agosto. Flávio ressalta que essa foi a terceira alta consecutiva no indicador de recuperação, que continua crescendo na análise de longo prazo. “Isso passa pelo crescimento que tem sido observado no número de registros de inadimplentes, dado que as famílias buscam resolver suas pendências, muito por meio de renegociações, para diminuírem as restrições de crédito num momento ainda delicado, embora ele pareça, pelo menos, ser melhor do que se esperava no começo do ano. Claro que parte disso se deve também à queda na taxa de desemprego, que tem sido contínua desde o final do 1º trimestre”.


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