O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) contou com uma variação positiva de 0,51% em fevereiro – patamar inferior ao alcançado no mês anterior (0,71%). Apesar dessa aparente redução, no acumulado de 12 meses o indicador atingiu 7,18%. Dados da Fundação Getulio Vargas indicam um aumento expressivo em relação a fevereiro de 2024, quando o INCC registrou alta acumulada de 3,23% no mesmo período.
O grupo de Materiais, Equipamentos e Serviços subiu 0,45% no mês e a categoria de Materiais e Equipamentos, 0,43%. Já a mão de obra teve uma variação de 0,59% em fevereiro, abaixo do verificado em janeiro: 1,13%.
As maiores variações positivas entre os produtos ficaram por conta de blocos de concreto, com 0,71%, e elevadores, 0,73%. As quedas de preços foram lideradas por bandeja de proteção – primária e secundária (-1,26%), cimento portland comum (-0,61%), vergalhões e arames de aço ao carbono (-0,54%), eletrodutos de PVC (-0,21%) e impermeabilizante (-0,11%).
Confiança
O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) também divulgou o Índice de Confiança da Construção (ICST), que sofreu uma queda de 0,6 ponto em fevereiro, atingindo os 94,3 pontos. Esse é o menor nível alcançado desde março de 2022 (93,5 pts.). Na média móvel trimestral, o indicador também recuou em 0,6 ponto.
Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos do FGV IBRE, comenta que a falta de mão de obra e o aumento dos custos continuam pressionando as empresas nos primeiros meses do ano. “A queda na confiança pelo segundo mês consecutivo traduz uma percepção mais negativa da situação corrente de negócios”, explica. “A sondagem de fevereiro também apontou uma desaceleração da atividade relativamente ao último trimestre de 2024 – cresceu o percentual de empresas que indicaram redução da atividade recente. Como as empresas também mostraram maior disposição de contratar mão de obra nos próximos três meses, essa desaceleração deve ser revertida”. Em sua opinião, os investimentos do mercado imobiliário e da infraestrutura previstos para o ano devem sustentar o crescimento da atividade ao longo do ano.