O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M), do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), registrou em junho uma elevação de 0,93%. A principal razão para essa variação é o aumento de 1,61% nos gastos com mão de obra. Enquanto isso, a categoria “materiais, equipamentos e serviços” teve alta de 0,46% no período – no mês anterior o resultado foi inferior (0,27%). A taxa acumulada do INCC-M em 12 meses é de 3,77%, valor próximo ao obtido em maio.
A subdivisão “materiais e equipamentos” sofreu um aumento de 0,48% em junho. Os dados coletados mostram que materiais para instalação subiram 1,07%, materiais para acabamento, 0,60% e materiais para estrutura, 0,18%.
Em relação aos produtos, a principal variação positiva foi verificada em condutores elétricos, com 3,58%. Ocorreram recuo nos preços de tela alambrado/gradil metálico (-1,32%), vergalhões e arames de aço ao carbono (-0,69%), formas de madeira (-0,45%), tela de proteção para fachada (-0,45%) e eletrodutos de PVC (-0,26%).
Confiança da construção
Apesar do aumento nos custos, o Índice de Confiança da Construção (ICST, também medido pelo FGV IBRE, apresentou estabilidade em junho: 96,4 pontos. A média móvel trimestral sofreu um recuo de -0,1 pontos.
Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE, comenta que as empresas da construção chegaram ao final do primeiro semestre um pouco mais confiantes do que estavam em dezembro. “Houve melhora, especialmente, na percepção referente à situação atual dos negócios”, ressalta. E complementa: “nesse período, o maior aquecimento da atividade se traduziu também em dificuldades com a mão de obra qualificada, o que já está pressionando os custos de obras. Ao longo desses meses, prevaleceu o otimismo com a demanda”. No entanto, ela faz uma ressalva: com o fim do semestre e do ciclo de queda da Selic, mesmo sem ter efeito imediato sobre a atividade, deverá ocorrer um arrefecimento no ânimo com os futuros negócios do setor.
Fonte: FGV IBRE
