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Houve um avanço de 2,1% em novembro na demanda por crédito em relação ao mês anterior, segundo dados coletados pela Boa Vista. O indicador encerrou o trimestre móvel findo em novembro com elevação de 2,0% contra o trimestre de junho a agosto. Entretanto, na série de dados originais, o resultado foi tímido na comparação interanual, aumento de 0,2%, mantendo o indicador numa trajetória de desaceleração nos resultados acumulados. O economista Flávio Calife acredita que a elevação observada na margem pode estar associada aos eventos de fim de ano, que costumam aquecer o consumo e consequentemente, a demanda por crédito, que foi forte até aqui, apesar de que encerrará o ano com uma taxa de crescimento menor em comparação ao ano passado. “Essa desaceleração já era esperada e a tendência é de que em 2023 essa tendência seja mantida, não só pelo aumento dos juros, que naturalmente esfria o apetite do consumidor por crédito, mas pelo fato de que a taxa de inadimplência subiu bastante, algo que torna a concessão mais restritiva”.

Fonte: Boa Vista

O número de registros de inadimplentes da Boa Vista contou com um aumento de 2,2% em novembro na comparação com outubro de 2022. Na série de dados originais foi verificado, novamente, forte avanço na comparação interanual, de 38,3%, e isso fez com que os resultados acumulados acelerassem. O aumento no número de registros passou de 17,6% para 18,9% no ano e de 16,7% para 18,4% em 12 meses.

Fonte: Boa Vista

Flávio ressalta que esse foi o quinto avanço consecutivo do indicador na comparação mensal. E alerta: “o cenário que se desenha para 2023 é desafiador, tanto que as projeções de juros e inflação estão subindo, de modo que o número de registros, assim como a taxa de inadimplência, pode vir a subir mais antes de se estabilizar num patamar elevado”.

Por sua vez, o Indicador de Recuperação de Crédito, igualmente medido pela Boa Vista, sofreu em novembro um recuo de 1,1% na comparação mensal. Em relação ao mesmo período do ano passado ocorreu uma elevação de 26,3%, o que também contribuiu para acelerar a alta nos resultados acumulados. No ano, o ritmo de crescimento passou de 12,8% para 13,9% entre os meses de outubro e novembro, enquanto no acumulado em 12 meses a alta atingiu 13,0%.

Fonte: Boa Vista

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