Espaço Publicitário

Novamente o saldo de vagas de emprego no comércio varejista de materiais de construção da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) contou com queda. Em outubro foram criados apenas 314 postos, após 3.178 admissões e 2.864 desligamentos. Tal resultado representou praticamente a metade da evolução vista em setembro, menos de um terço daquela registrada em agosto e a mais fraca de 2021. Após estes últimos números, destaca-se que o estoque total das atividades chegou a quase 89,3 mil vínculos empregatícios de carteira assinada. Na cidade de São Paulo o saldo se mostrou positivo em 183 vagas, menor patamar desde abril.

Evolução do saldo de empregos do varejo de materiais de construção – RMSP e São Paulo/SP

Fonte: Caged

Dentre as nove atividades observadas pelo estudo do Sincomavi, destaques no mês às lojas de materiais de construção em geral (+84 vagas) e estabelecimentos varejistas que comercializam ferragens e ferramentas (+143 vagas). Por outro lado, o segmento de cal, areia, pedra, tijolos e telhas (-14 vagas) foi o único a sentir redução de sua empregabilidade.

Considerando o desempenho acumulado de 2021, há evolução de 7.587 vagas. Já nos últimos doze meses, do início de novembro de 2020 ao fim de outubro de 2021, o saldo positivo chegou a mais de 8,4 mil empregos, algo significativo, mas abaixo dos doze meses encerrados no mês anterior. Ainda assim, todos os setores evoluíram nos últimos doze meses, com destaque aos avanços absolutos no varejo de materiais de construção em geral (+3.502 vagas) e de ferragens e ferramentas (+1.796 vagas).

O economista Jaime Vasconcellos alertou no relatório de setembro que seria necessário observar mês a mês o mercado de trabalho para tentar quantificar o tamanho da acomodação setorial neste segundo semestre. “É visível que os elevados patamares de inflação geral, de endividamento das famílias e do desemprego minaram orçamento dos consumidores, inclusive daqueles que previam gastar no segmento de materiais de construção e congêneres”, ressalta. Em sua opinião, o setor sofre com o avanço de preços, bem como com dificuldades de reposição, além do nível geral da economia, o que em algum momento puxaria para baixo indicadores de desempenho e de investimento. “Até por uma sazonalidade conhecida, a tendência são números fracos de geração de vagas para o último bimestre do ano. Continuaremos a observar”, finaliza.

Espaço Publicitário