O mercado de trabalho do comércio varejista de material de construção da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) criou 407 empregos com carteira assinada em abril. Resultado de 2.362 admissões e 1.955 desligamentos no período. Na capital paulista, o avanço foi de 104 postos. Em ambos os casos o movimento de mão de obra mensal se revelou bastante similar ao registrado em março.
Evolução do saldo de empregos do varejo de materiais de construção – RMSP e São Paulo/SP
No mês analisado apenas o varejo de vidros registrou mais desligamentos que admissões, com -4 vagas. Já os melhores desempenhos absolutos foram obtidos pelos estabelecimentos de materiais de construção em geral (+174 vagas) e no varejo de ferragens e ferramentas (+112 vagas). Ao todo são mais de 85,8 mil vínculos empregatícios ativos na soma dos segmentos da RMSP.
Considerando o desempenho acumulado no primeiro quadrimestre há evolução de 3.278 vagas. Já nos últimos doze meses, de maio de 2020 a abril de 2021, há um saldo positivo de cerca de 6,6 mil vagas. O crescimento ficou concentrado nos dois casos, primeiro quadrimestre e acumulado dos últimos doze meses, no varejo de ferragens e ferramentas e nas lojas de materiais de construção em geral.
O economista Jaime Vasconcellos confessa que até se esperava melhores números de emprego para os estabelecimentos varejistas de materiais de construção em abril. Porém, o ritmo de crescimento se manteve muito pela permissão do setor ao retorno de atendimento presencial ter ocorrido apenas no terço final do mês. “Este saldo mais arrefecido no último bimestre foi impactado exatamente pelas restrições do Plano São Paulo e a tendência é o retorno ao maior ritmo de geração de vagas, dado que a demanda ao setor se mantém firme e consolidada”, avalia. O risco em potencial se dá pela inflação severa que acomete o setor, bem como evolução do desemprego e do juro na economia brasileira. Para Jaime, os impactos destas variáveis no orçamento e confiança das famílias devem ser observados de forma ainda mais criteriosa.
