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O grupo de atividades que compõem o varejo de materiais de construção e afins extinguiram 7 mil empregos com carteira assinada no Estado de São Paulo em 2020. Foram 29.621 admissões e 36.621 desligamentos. Pelas atividades, destaques às reduções das lojas de material de construção em geral (-3.862 vagas) e de ferragens e ferramentas (-1.013 vagas). O único segmento com acréscimo de empregados, ainda que residual, foi o varejo de pedras para revestimento (+13 vagas).

O setor atingiu em 2020 o pior desempenho da história para a economia paulista nos primeiros semestres de cada ano. Como pode ser observado abaixo, o resultado é mais agudo inclusive do que o obtido em 2016, período no qual 6.532 empregos formais foram extintos.

Evolução do saldo de empregos do varejo de materiais de construção

Fonte: Caged

Na cidade de São Paulo houve redução de 2.303 vagas formais no setor em 2020. Foram 6.136 admissões e 8.439 desligamentos na soma dos seis meses. Em números absolutos, os recuos mais expressivos ficaram por conta das lojas de material de construção (-1.164 vagas) e de material elétrico (-327 vagas).

Assim como no Estado, o desempenho de 2020 foi o pior já registrado. Ressalta-se que é, inclusive, uma perda que representa o dobro em relação aos anos de 2015 e 2016.

Evolução do saldo de empregos do varejo de materiais de construção em São Paulo/SP

Fonte: Caged

O economista Jaime Vasconcellos pondera que apesar dos números do emprego formal em junho não serem tão graves no geral, é necessário registrar o pior primeiro semestre da história do mercado de trabalho celetista. “A despeito da realidade que o setor lojista de material de construção ter conseguido manter as vendas no balcão, um dos poucos segmentos varejistas com rápida recuperação pós derrocada das vendas ao fim de março e no mês de abril, a crise foi o bastante para ajustes no quadro funcional dos estabelecimentos. Seja pela conjuntura ruim ou pelas expectativas não tão otimistas ao processo de recuperação”.

Com a perspectiva de retomada das vendas para o segundo semestre, embalada pelas baixas taxas de juros e continuidade de reformas e melhorias em domicílio, vendas e lançamentos de imóveis, a tendência é estabilização do estoque de vínculos empregatícios, segundo Jaime. “Ainda que seja um razoável desafio observar a velocidade da recuperação da economia brasileira, principalmente dos impactos negativos ao consumo das famílias com o fim dos auxílios emergenciais implantados pelo poder público central”, adverte.


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