O custo médio da construção civil no Estado de São Paulo avançou R$39,13 por metro quadrado de obra neste último mês de junho, segundo o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (SINAPI/IBGE). O aumento representou uma variação de 2,04% a cada metro quadrado de projeto, que atingiu um patamar médio recorde de R$1.960,18.
É relevante destacar que esta oscilação de R$39,13 tem como origem o custo com a mão de obra, que passou de R$ 872,67 em maio para R$911,15 neste sexto mês do ano, um aumento de 4,41%. Já os gastos com material de construção saíram de R$ 1.048,38 para R$ 1.049,03, uma diferença de R$0,65 ou de 0,06%. Tais valores são médias por metro quadrado da construção.
Evolução mensal do custo médio m² da construção civil paulista (%)
Fonte: Sinapi/IBGE
Se no primeiro semestre o custo médio total com a construção civil na economia paulista acumulou uma alta de 3,00%, em doze meses o índice oscilou 6,19%, ou R$114,28. Desta diferença R$64,69 (ou +6,57%) são referentes aos itens de construção e R$49,59 (ou +5,76%), com mão de obra.
Evolução do custo médio por m² da construção, por componentes: Estado de São Paulo (R$)
Fonte: Sinapi/IBGE
O economista Jaime Vasconcellos lembra que, conforme citado na análise anterior, referente a maio, a expectativa era que em junho o custo médio total da construção civil no Estado de São Paulo fosse predominantemente influenciado pela variação positiva do que é gasto com a mão de obra, dada a conhecida sazonalidade do período. “Esta é uma época do ano marcada pelos processos negociais das categorias profissionais e empresariais do setor”, ressalta. “E foi o que ocorreu”. Enquanto o material de construção apresentou praticamente uma estabilidade de seus preços ao consumidor final, os custos com mão de obra saltaram quase 4,5%. “Como é algo pontual, a tendência é neutralização deste cenário para o mês de julho, no qual as variações dos custos com material devem trazer mais influências ao indicador geral, do que a mão de obra”, avalia.