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O mercado de trabalho do comércio de material de construção da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) abriu 2025 praticamente em estabilidade, conforme dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Foram gerados apenas 27 vínculos com carteira assinada, após 3.612 admissões e 3.585 desligamentos. 

Em relação a dezembro houve ampla melhora do resultado, porém no comparativo com janeiro de 2024 a geração ficou em apenas 10% do alcançado naquele mês. “Na verdade, é o pior resultado para janeiro desde que o Novo Caged foi instituído, a partir do início de 2020”, ressalta o economista Jaime Vasconcellos. 

Cenário similar ocorreu na capital paulista, que começou 2025 com apenas 16 novos postos de trabalho, em contraposição ao resultado de 171 vagas obtido em janeiro do ano passado. 

Evolução do saldo de empregos do varejo de material de construção – RMSP e São Paulo/SP

Fonte: Caged

É importante destacar que os segmentos que seguraram um avanço que poderia ter sido mais substancial foram o varejo de material de construção em geral (-97 vagas) e o comércio de madeira e artefatos (-35 vagas). Por outro lado, lideraram o registro positivo os  estabelecimentos de materiais elétricos (+55 vagas) e as vidraçarias (+44 vagas).

Jaime comenta que os números de janeiro servem como balizadores para o ritmo que deve ser adotado pelo mercado de trabalho setorial em 2025. “Ainda que esse desempenho inicialmente confirme o que foi projetado no fim do ano passado, isto é, o setor varejista de material de construção sentirá os efeitos de um ritmo econômico mais desacelerado este ano, o que impactará também a geração de emprego destes segmentos”. 

Ele lembra ainda que as 27 vagas criadas são praticamente uma estabilidade para um mercado de trabalho que, somando os seus grupos de atividades, quase atinge um estoque de 96 mil vínculos empregatícios ativos na Região Metropolitana de São Paulo. “Este pequeno saldo positivo contrasta com a sazonal perda de vagas do último trimestre do ano, porém é amplamente inferior a geração de empregos registrada no início de 2024, o que sinaliza uma maior cautela empresarial frente a um cenário de enfraquecimento da demanda das famílias e incertezas tanto do quadro econômico doméstico, quanto do internacional”, destaca. 


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