O Brasil é um dos países que conta com maior número de usuários de redes sociais do mundo. Dados do Relatório Digital 2024 da DataReportal revelam que essa participação alcança a casa dos 165 milhões de pessoas – o que faz o mercado nacional ocupar o terceiro lugar.
Isso representa um imenso campo para quem deseja comprar e vender produtos e serviços. No entanto, como lembra Frederico Burlamaqui, especialista em marketing e estratégia de negócios, para cada plataforma, é necessário adotar uma abordagem específica. Isso porque uma estratégia única para todas as redes não será capaz de trazer os resultados esperados, pois esses canais possuem linguagens próprias e públicos diferentes. “Nesse ponto, é importante entender que a personalização da estratégia para cada plataforma é a chave do sucesso”, adverte. E, para definir a melhor estratégia para esses ambientes, nada melhor do que conhecer o seu público e suas características básicas.
98,6 milhões de usuários no Brasil.
Público: 35% entre 18 e 24 anos.
> engajamento rápido.
> vídeos curtos e divertidos.
22 milhões de usuários no Brasil.
Público: 57% entre 18 a 34 anos.
> linguagem direta.
134,6 milhões de usuários no Brasil.
Público: 64% entre 18 e 34 anos.
> 91% das marcas estão presentes.
> plataforma visual: exige fotos e vídeos com qualidade.
111,3 milhões de usuários no Brasil.
Público: 48,6% entre 25 e 44 anos.
> Comunidades.
> Interação com público mais maduro.
75 milhões de usuários no Brasil.
Público: 51% entre 28 e 43 anos.
> perfil corporativo
Atração
Frederico comenta que, além de estar presente nas plataformas certas, o ideal é seguir um receituário mínimo para aumentar a possibilidade de captar novos clientes, como: conteúdo de qualidade e relevante, que agregue valor ao público-alvo; interação constante, com respostas a comentários e criação de enquetes; parcerias com influenciadores, indicado principalmente para Instagram e TikTok; e, por fim, análise de dados – monitoramento constante para possíveis correções e ajustes.
No caso da utilização de personalidades e influenciadores, tal fato ocorre em razão do maior nível de sucesso obtido pelas marcas nas redes sociais. A Pesquisa “State Of Creator Marketing Trends and Trajectory 2024-2025” verificou que 94% das empresas consultadas acreditam que o conteúdo de influenciadores gera mais retorno sobre o investimento (ROI) do que os anúncios tradicionais digitais, aumento de 20% em relação ao ano de 2023. Esse estudo, feito pela CreatorIQ em parceria com a Sapio Research, consultou 1.138 pessoas, representando 457 marcas, 445 agências e 231 criadores de 17 setores diferentes.
Outro dado coletado foi o aumento no valor investido em “creator marketing” – 143% nos últimos quatro anos. A maior parte dos recursos está ligada às grandes corporações, que relataram uma média de 1,7 milhão de dólares de investimento em marketing com criadores.
Fabio Gonçalves,diretor de talentos Internacionais da Viral Nation, explica que o conteúdo de influenciadores vem sendo o mais eficiente em campanhas de marketing por proporcionar maior autenticidade, o que acaba sendo valorizado pelo público moderno. “Diferente dos anúncios tradicionais, os conteúdos de influenciadores têm o poder de atingir públicos muito específicos, com uma linguagem personalizada”, ressalta. E complementa: “quando um seguidor interage com um influenciador, ele não está apenas visualizando uma publicidade; ele está dialogando com alguém que entende suas necessidades, o que eleva o engajamento e aumenta significativamente o retorno sobre o investimento”.
Mais recursos
A mídia programática também pode ser uma grande aliada das empresas na hora de explorar todo o potencial das redes sociais. Os valores que deverão ser investidos até 2026, segundo pesquisa do Statista, expressam com precisão a expectativa criada em relação a essa ferramenta: R$ 725 bilhões.
O principal trunfo da mídia programática é automatizar a compra e venda de espaços publicitários online, tornando as campanhas mais eficientes e direcionadas. Isso ocorre em função do anúncio ser exibido para públicos altamente específicos. “Provavelmente, você já se deparou com mídia programática diversas vezes, seja na sua timeline no Facebook, nos stories do Instagram ou em banners antes de vídeos no YouTube”, afirma Douglas Baccan, CEO da Join Ads. Ele lembra ainda que o novo perfil do consumidor, cada vez mais digital, exige que as marcas sejam estratégicas. “Não basta anunciar em qualquer lugar e com alta frequência, é necessário estudo e conhecimento sobre o comportamento do público para evitar desgastar o consumidor com anúncios repetitivos”, finaliza.