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Conquistar maior visibilidade nas redes sociais não é tarefa simples, ainda mais com toda a concorrência seguindo pelo mesmo caminho. A pesquisa “Maturidade do Marketing Digital e Vendas no Brasil”, produzida pela Resultados Digitais, Mundo do Marketing, Rock Content e Venda B2B, consegue dimensionar de forma clara a situação atual: 94% das empresas nacionais consultadas citaram o marketing digital como principal estratégia de crescimento. Outro dado importante levantado foi que mais da metade dos empresários entrevistados afirmou investir entre 1% e 2% do faturamento em ações nesse tipo de estratégia. 17,5% destinam entre 3% e 4% dos recursos.

Já é de conhecimento público que, além de contar com produtos, serviços e qualidade pertinentes para a audiência desejada, a empresa precisa sedimentar a sua atuação no marketing digital a partir de três pilares: consistência, criatividade e estratégia. Samuel Pereira, especialista em audiência e escala digital, reforça uma lição essencial: quando a marca adota um planejamento consistente e intrigante nas plataformas, o jogo muda completamente. “O posicionamento digital tem o poder de transformar a percepção do público e, consequentemente, a história de qualquer negócio. Publicar regularmente, criando conteúdo que desperte interesse, pode ser a chave para escalar as vendas através do crescimento da audiência”, ressalta.

Ele também acredita que o sucesso das marcas que se destacam nas redes sociais acaba por possibilitar a construção de uma comunidade. “Além disso, esse posicionamento permite um ciclo virtuoso onde o crescimento da audiência resulta em maior confiança, lealdade e, claro, aumento de conversão”. Em sua opinião, o primeiro passo é entender que consistência, autenticidade e a capacidade de gerar valor para o público são os principais motores de sucesso no mundo digital.

Necessidade de emoção

O TikTok é uma das redes sociais que mais ganha usuários no Brasil e, por essa razão, passou a compor o plano de marketing de muitas empresas. No entanto, por suas características únicas, o TikTok precisa ser explorado com inteligência e de maneira totalmente diferente das demais redes sociais. Pesquisa da plataforma DAIVID verificou que 84% dos vídeos publicados por marcas no TikTok estão apresentando um desempenho abaixo do esperado. A principal razão apontada para os fracos resultados são os níveis de emoções positivas, atenção e lembrança da marca estarem aquém da média. Dos 84% dos vídeos com performance negativa, 60% foram considerados esquecíveis e os demais 24% chegaram a provocar emoções negativas nos espectadores. 

Fabio Gonçalves, diretor de talentos internacionais da Viral Nation e especialista no mercado de marketing de influência, acredita que os vídeos de marca no TikTok estão entregando um resultado abaixo do esperado porque muitas empresas ainda não entenderam a autenticidade e a criatividade que a plataforma exige. “Tentativas de criar conteúdos muito polidos ou com um tom publicitário acabam por se desconectar do estilo espontâneo que ressoa com o público da rede”, adverte. E complementa: “Além disso, há uma ausência clara de narrativas emocionantes e envolventes, o que leva a vídeos facilmente esquecíveis. No TikTok, o impacto emocional imediato é essencial, e quando isso não ocorre, a lembrança da marca se torna baixa”.

Entre as opções indicadas para um melhor desempenho nessa rede em específico está, segundo Fabio, o marketing de influência. “Quando as marcas permitem que os influenciadores expressem sua criatividade de forma autêntica, o conteúdo tende a se conectar melhor com o público. Isso não significa abandonar os valores ou a imagem da marca, mas sim confiar no criador para traduzir a mensagem da marca de maneira que ressoe com a audiência da plataforma”. 

A excessiva preocupação das empresas com métricas superficiais, como impressões e engajamento, em detrimento do impacto emocional verdadeiro, também é apontada por Fábio como uma das razões para os baixos resultados obtidos: “Muitos conteúdos estão gerando emoções negativas, como ansiedade e vergonha, o que pode prejudicar seriamente a reputação da marca”, adverte. “No TikTok, a inovação e a capacidade de surpreender são fundamentais, e replicar fórmulas genéricas de outras plataformas simplesmente não funciona. As marcas precisam repensar suas abordagens criativas para se conectar genuinamente com o público da rede”.

Influenciadores virtuais

Por outro lado, esse mercado, que está sempre em ebulição, deve receber um novo impulso com a utilização massiva dos “influenciadores virtuais”. Qual será o impacto? Somente o tempo dirá.

Pesquisa do HypeAuditor revela que as personalidades criadas por inteligência artificial estão registrando taxas de engajamento que chegam a 6,5% – tal desempenho ultrapassa a média de influenciadores humanos, o que tem atraído o interesse de muitas marcas. Logicamente, esse recurso se mostra incapaz de contar com autenticidade e conexão emocional. Isso porque, como lembra Luiz Guardieiro, diretor de Receita da P3, muitas empresas e consumidores ainda preferem a interação com humanos reais, uma vez que os embaixadores tradicionais oferecem a experiência de vida e as vulnerabilidades que criam laços emocionais genuínos com o público. 

Apesar dessa limitação, ele acredita que a utilização da inteligência artificial para a criação desse tipo de personalidades fictícias será cada vez mais comum. “Os números falam por si: os influenciadores virtuais não são apenas uma tendência passageira, mas uma realidade que está moldando o futuro do marketing digital. As marcas que buscam maior controle sobre suas campanhas e desejam evitar riscos estão cada vez mais investindo nessas figuras digitais, que podem ser totalmente programadas para atender às necessidades específicas de cada projeto”, finaliza.

A personagem Joi, do filme Blade Runner 2049, está se tornando cada vez mais uma realidade.

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