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Levantamento realizado pela Boa Vista apresenta uma melhora nos resultados do setor varejista. O indicador antecedente de Movimento do Comércio, que acompanha o desempenho das vendas no varejo em todo território nacional, contou com aumento de 0,4% em maio em comparação ao mês anterior e com dados dessazonalizados. No entanto, houve uma retração de 0,4% no trimestre móvel findo em maio em relação ao período de dezembro do ano passado a fevereiro deste ano.

Flávio Calife, economista da Boa Vista, comenta que tal quadro já era esperado e acredita que a tendência de desaceleração no crescimento do indicador foi revertida, até que rápido, e isso corrobora a ideia de que essa curva vai apresentar uma dinâmica bem diferente daquela observada no ano passado, oscilando, sim, mas sem cruzar a linha da estabilidade. “Ainda há um desequilíbrio no setor, os segmentos menos dependentes do crédito, de produtos mais básicos, são os que estão sustentando os dados positivos até aqui e isso decorre de uma melhora na renda e de uma inflação menor e mais benigna em termos de composição”, avalia. E complementa: “Já os segmentos que dependem mais do crédito podem vir a mostrar melhores resultados à medida que o cenário de juros básicos se aproxima de um novo ciclo”. Em sua opinião, “os cortes na taxa Selic são muito aguardados pelo setor, as condições de agora para isso acontecer são melhores, mas são recentes, até a primeira quinzena de maio as projeções de inflação ainda estavam subindo, e talvez seja por isso que o Copom tenha preferido adotar uma postura mais cautelosa, não sinalizando com clareza quando virá o primeiro corte, embora isso seja, com base no cenário atual, só uma questão de tempo”.


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