As atuais condições da economia brasileira têm levado os brasileiros a serem mais prudentes com seus gastos. Tal tendência foi verificada mais uma vez pela pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em razão do recuo pela sexta vez consecutiva do indicador. Em março, o ICF contou com uma queda de 1,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. Apesar disso, o patamar alcançado, 102,7 pontos, mantém ainda o índice no plano otimista (acima de 100 pontos).
O estudo da CNC mostra ainda que as famílias de menor renda (até 10 salários mínimos) são as mais afetadas pelo cenário atual ao expressarem a falta de disposição em assumir novos gastos. Diante disso, essa faixa de consumidores alcançou 99,8 pontos, entrando no campo pessimista (abaixo dos 100 pontos) pela primeira vez desde novembro de 2024. Por gênero, os homens tiveram uma queda na intenção de 2,24%. Enquanto isso, as mulheres avançaram em 0,2% no período analisado.
Para José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, os números demonstram com clareza as dificuldades enfrentadas pela população no quadro atual da economia brasileira. “As famílias estão se sentindo cada vez mais cautelosas com os seus gastos e preocupadas com o futuro”, afirma.