Dados coletados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostram que a confiança do consumidor contou com uma alta de 1,1 ponto em agosto, atingindo maior patamar desde abril desse ano. Para Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens, o resultado do período aponta para uma recuperação atual. No entanto, a queda das expectativas persiste. “Apesar dos consumidores apostarem em uma melhora da situação financeira das famílias nos próximos meses, o ímpeto para consumir continua diminuindo, mostrando que consumidores de todas as classes de renda estão cautelosos”. Em sua opinião, “isso está relacionado com a sustentabilidade da recuperação do orçamento familiar e do nível de endividamento das famílias, uma vez que os consumidores mais otimistas são os que possuem menor poder aquisitivo e, possivelmente, sobre os quais haverá um maior impacto da liberação dos recursos do FGTS nos próximos meses. Contudo, as perspectivas desses consumidores sobre mercado de trabalho continuam caindo”.
Em agosto, pelo segundo mês consecutivo a satisfação em relação ao momento atual melhorou enquanto as expectativas em relação aos próximos meses pioraram. O Índice de Situação Atual (ISA), da FGV, aumentou 3,4 pontos, para 78,7 pontos, o maior valor desde abril de 2015 (78,9), enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 0,5 ponto, para 97,2 pontos, se mantendo em patamar abaixo do nível neutro de 100 pontos pelo quinto mês consecutivo.