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Dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostram que o mercado de trabalho celetista do comércio varejista de material de construção da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) ficou praticamente estável no primeiro mês de 2022, após 2.891 admissões e 2.828 desligamentos, isto é, com um saldo residual de +63 postos de trabalho. Este resultado contrapõe as perdas de dezembro, mas é substancialmente inferior a geração de vagas registrada em janeiro de 2021: +1.154 vagas.

Na capital o resultado de janeiro repetiu o cenário visto no mês anterior e novamente houve mais desligamentos que admissões.

Evolução do saldo de empregos do varejo de materiais de construção – RMSP e São Paulo/SP

Fonte: Caged

Dentre as atividades avaliadas, o melhor desempenho no mês foi no varejo de material de construção em geral, com 44 vagas. Já os piores números no período ficaram para o varejo de madeira e artefatos (-43 vagas). “Ressalta-se que após esse movimento mensal são cerca de 87,9 mil vínculos empregatícios com carteira assinada no setor”, ressalta o economista Jaime Vasconcellos.

Considerando o resultado acumulado dos últimos doze meses, do início de fevereiro de 2021 ao fim de janeiro de 2022, há uma evolução de quase 6,8 mil novos postos de trabalho. Neste caso, lideraram o varejo de materiais de construção em geral, com +2.568 vagas, e os estabelecimentos de ferragens e ferramentas, com +1.555 vagas. Em nenhuma atividade se registrou mais desligamentos que admissões no período supracitado.

“O mercado de trabalho do varejo de materiais de construção começou o ano andando de lado na RMSP”, avalia Jaime. Sendo o emprego uma variável de investimento empresarial, os números de janeiro apresentam o cenário de incertezas que os estabelecimentos do setor vivenciam neste período de reequilíbrio econômico, pós o alto ritmo de vendas durante a pandemia e hoje vivenciando uma conjuntura de aumentos de juros imobiliários, e inflação e endividamento persistente. “Esta conjuntura incerta impacta todas as decisões empresariais, inclusive de empregabilidade”, comenta. E aconselha: “há de se observar os resultados subsequentes para fechar de forma mais consistente uma trajetória de tendências”.


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