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Depois de ter perdido 68 postos de trabalho com carteira assinada em março, o mercado de trabalho do varejo de material de construção voltou a registrar um saldo positivo. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram criados 611 vagas na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), saldo de 3.641 admissões e 3.030 desligamentos. Já especificamente à economia paulistana o avanço foi de 272 novos postos de trabalho, revertendo a perda de 127 vagas no mês anterior.

Evolução do saldo de empregos do varejo de material de construção – RMSP e São Paulo/SP

Fonte: Caged

Dentre as nove atividades avaliadas, praticamente metade do saldo positivo total ocorreu nos estabelecimentos varejistas de material de construção em geral, com +328 vagas. Em números absolutos o segmento de ferragens e ferramentas apresentou o segundo melhor resultado, com +151 vagas. Com o desempenho de abril o estoque do setor foi a 88.940 vínculos empregatícios com carteira assinada.

No acumulado de janeiro a abril a soma das atividades demonstra uma evolução de pouco mais de 1 mil empregos na RMSP. Em todos os segmentos houve mais admissões que desligamentos, com destaque novamente para os varejos de ferragens e ferramentas (+313 vagas) e de materiais de construção em geral (+377 vagas).

O economista Jaime Vasconcellos confessa que, da mesma forma que o resultado negativo da movimentação de emprego em março chamou atenção, não se esperava para abril uma criação de vagas tão positiva. “Em verdade, o que se vê nos últimos cinco meses na RMSP é um desempenho oscilante do mercado de trabalho do comércio varejista de materiais de construção”. Tal quadro pode ser explicado pelo processo, em sua opinião esperado, de maior estabilidade pós os bons e consistentes números em 2021.

O comércio em geral tem sofrido a influência de duas forças antagônicas que impactam o consumo das famílias. “Por um lado, temos o efeito negativo na disponibilidade de renda e poder de compra familiar, com os avanços de inflação, endividamento e juros. Por outro, temos uma injeção monetária de FGTS, parcelas de abonos salariais e do adiantamento do 13° salário de aposentados e pensionistas”, comenta. Este cenário de conjuntura desafiadora e alívio com recursos adicionais justificam certas instabilidades setoriais, seja em performance de vendas ou em investimento em mão de obra. “Contudo, precisaremos de mais resultados mensais do emprego para avaliar com segurança qual será a tendência do segundo semestre de 2022. Por ora, há de se comemorar os números de abril”, finaliza Jaime.


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