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Assim como em janeiro, o mercado de trabalho do varejo de material de construção da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) apresentou em março estabilidade na sua movimentação de vagas. Com apenas 21 empregos gerados, registrou-se no mês 3.636 admissões e 3.615 desligamentos, para um estoque de quase 88,5 mil vínculos empregatícios com carteira assinada.

O resultado visto em março é substancialmente inferior ao saldo positivo de 504 vagas de fevereiro e também bem menor que o registrado em março de 2021, quando na RMSP houve avanço de 426 postos de trabalho. Na capital foi percebido no terceiro mês de 2022 queda de 70 vagas, contrapondo a criação de 149 vagas do mesmo mês do ano anterior.

Evolução do saldo de empregos do varejo de material de construção – RMSP e São Paulo/SP

Fonte: Caged

Dentre as nove atividades avaliadas, enquanto o grupo de material de construção em geral possui perda de 79 vagas, o comércio varejista de ferragens e ferramentas foi o que mais evoluiu em números absolutos, com 67 novos vínculos empregatícios.

No primeiro trimestre são novos 576 empregos na RMSP. Já considerando o desempenho acumulado dos últimos doze meses, do início de abril de 2021 ao fim de março de 2022, há uma evolução de mais de 5,5 mil novos postos de trabalho. Neste último caso, as lideranças continuam dos grupos varejistas de ferragens e ferramentas (+1.317 vagas) e de material de construção em geral (+1.914 vagas).

“Os números praticamente estáveis em março refletem o compasso de espera do setor de comércio de materiais de construção e demais estabelecimentos congêneres para a realização de mais investimentos em mão de obra”, comenta o economista Jaime Vasoncellos. Segundo ele, este é um processo esperado, frente a uma conjuntura econômica difícil ao consumo das famílias e consequentemente da economia em geral. Os elevados indicadores inflacionários não cessam, bem como há piora nos níveis de endividamento e inadimplência dos consumidores. “Esta realidade, junto ao encarecimento do crédito e do próprio financiamento imobiliário, gera o crescimento de incertezas e naturalmente sentimento de cautela para novos investimentos”, avalia. E prossegue: “Tal realidade não é vista somente em março. Se compararmos o saldo positivo de vagas nos primeiros trimestres de 2021 e 2022 veremos que a geração de empregos continua positiva, mas caiu de cerca de 1,7 mil vagas criadas ano passado para pouco mais de 500 no atual ano”.


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