Após registrar em fevereiro o melhor desempenho dos últimos meses, o saldo positivo de vagas no varejo de materiais de construção da Grande São Paulo arrefeceu em março e fechou em 480 novos postos de emprego, resultado direto de 2.777 admissões e 2.297 desligamentos. Ainda assim, este foi o nono resultado positivo mensal consecutivo, como lembra o economista Jaime Vasconcellos. Na cidade de São Paulo houve geração de 173 postos de trabalho – nível mais baixo alcançado desde dezembro de 2020.
Evolução do saldo de empregos do varejo de materiais de construção – RMSP e São Paulo/SP

Apesar dos números mais tímidos, todos os grupos de atividades avaliadas pelo Sincomavi registraram novamente mais admissões que desligamentos no último mês na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Os destaques continuam para os desempenhos do varejo de materiais de construção em geral (+135 vagas) e das lojas de ferragens e ferramentas (+174 vagas). Com isso, o estoque ativo do setor supera os 85 mil empregos com carteira assinada.

O setor acumula um desempenho favorável no primeiro trimestre de 2021 de 2.898 vagas criadas. Já nos últimos doze meses, de abril de 2020 a março de 2021, há um saldo positivo de quase 3,6 mil vagas. O crescimento está concentrado no varejo de ferragens e ferramentas e nas lojas de materiais de construção em geral.

O economista Jaime Vasconcellos comenta que os resultados vistos em março eram esperados por causa da implementação da Fase Emergencial do Plano São Paulo, que vedou ao setor o atendimento presencial aos clientes. Por essa razão, já estava no horizonte a possibilidade de retração do mercado de trabalho no segmento, com a aguardada queda de faturamento e, consequentemente, impactos na capacidade de empregabilidade dos estabelecimentos. “Em abril, com retorno à Fase Vermelha e atualmente à Fase de Transição, a tendência é de melhores números aos vínculos com carteira assinada, uma vez que a demanda nos parece de continuidade bastante consolidada”, avalia.