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Depois de praticamente registrar estabilidade em janeiro, o mercado de trabalho do comércio varejista de material de construção da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) voltou a apresentar crescimento, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Em fevereiro foram 526 novos empregos, após 3.740 admissões e 3.214 desligamentos. Este resultado é substancialmente maior que o visto no mês anterior. Todavia, inferior a geração de vagas registrada em fevereiro de 2021, período no qual se apresentou geração de mais de 1,4 mil postos de trabalho.

Evolução do saldo de empregos do varejo de material de construção – RMSP e São Paulo/SP

Fonte: Caged

Dentre as nove atividades avaliadas, apenas os estabelecimentos varejistas de cal, areia, pedra, tijolos e telhas apresentaram redução (-4 vagas) de empregabilidade. Já o melhor resultado no mês foi obtido pelo varejo de ferragens e ferramentas (+134 vagas), seguido pelas lojas de material de construção em geral (+127 vagas).

Considerando o desempenho acumulado dos últimos doze meses, do início de março de 2021 ao fim de fevereiro de 2022, há uma evolução de quase 5,9 mil novos postos de trabalho. As lideranças continuam com os grupos varejistas de ferragens e ferramentas (+1.436 vagas) e de material de construção em geral (+2.094 vagas). Neste extrato acumulado nenhum grupo de atividade registrou mais desligamentos que admissões.

“Na análise dos números de janeiro foi dito que seriam necessários mais dados para fecharmos uma tendência do mercado de trabalho do varejo de materiais de construção da RMSP em 2022”, comenta o economista Jaime Vasconcellos. E prossegue: “em fevereiro o cenário mostrado é que saldos positivos mais significativos até puderam ser observados, mas em ritmo substancialmente menores que na comparação com o mesmo mês de 2021, dado que ao contrapormos o resultado atual com o do ano passado, há arrefecimento de 63% na geração de empregos”.

Em sua opinião, tal realidade deverá ser o tom desse ano, isto é, uma estabilização do mercado de trabalho onde admissões até podem se manter superiores aos desligamentos, mas o saldo líquido de empregos deverá ser menor que o apresentado nos últimos meses, sinal claro de arrefecimento das receitas empresariais, avanço de incertezas conjunturais e internas ao setor. No entanto, ele lembra que, ainda assim, a geração de postos de trabalho há de ser comemorada.


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